Principal

BC reduz taxa básica de juros para 10,25% ao ano

3 minutos de leitura
BC reduz taxa básica de juros para 10,25% ao ano

Pela sexta vez seguida, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu reduzir a taxa básica de juros, a Selic, em 1 ponto porcentual, de 11,25% para 10,25% ao ano. Com isso, a taxa chega ao menor nível desde janeiro de 2014, quando estava em 10% ao ano. De outubro de 2012 a abril de 2013, a Selic foi mantida em 7,25% ao ano, no menor nível da história, e passou a ser reajustada gradualmente até alcançar 14,25% ao ano em julho de 2015. Somente em outubro do ano passado, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia.

Bancos reagem
Em seguida à decisão, os grandes bancos anunciaram o repasse do corte para os juros cobrados em linhas de crédito para pessoa física e empresas. No Banco do Brasil, o segmento de pequenas e médias empresas terá corte de juros no cheque especial, no capital de giro e em recebíveis. Já na pessoa física, o destaque é a diminuição das taxas na linha de parcelamento do cartão de crédito, cujo juro mínimo passa de 1,91% ao mês para 1,83% ao mês. As taxas valem a partir desta quinta-feira, 1º.

O Bradesco também vai disponibilizar as novas taxas nesta quinta. Com isso, a taxa mínima de Cheque Especial cairá de 9,57% para 9,49% ao mês. Já a taxa mínima de juros de Crédito Pessoal será reduzida de 1,75% para 1,67% ao mês. 

O Itaú Unibanco cortará os juros nas taxas do empréstimo pessoal, cheque especial, parcelamento de cheque especial e financiamento de veículos a partir do dia 7 de junho. Para as micro e pequenas empresas, o repasse será para as taxas do capital de giro.

Inflação
A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA ficou em 0,14% em abril, no menor nível da história registrado para o mês.

Nos 12 meses terminados em abril, o IPCA acumula 4,08%, a menor taxa em 12 meses desde julho de 2007. Até o ano passado, o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabelecia meta de inflação de 4,5%, com margem de tolerância de 2 pontos, podendo chegar a 6,5%. Para este ano, o CMN reduziu a margem de tolerância para 1,5 ponto percentual. A inflação, portanto, não poderá superar 6% neste ano.

Sobe e desce
A redução da taxa Selic estimula a economia porque juros menores impulsionam a produção e o consumo num cenário de baixa atividade econômica. No último Relatório de Inflação, o BC reduziu a estimativa de expansão do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos pelo país) em 2017 economia para 0,5%. 

Quando a Selic sobe, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando reduz os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação.

(Com Agência Brasil e Agência Estado)

Use este espaço apenas para a comunicação de erros




Como você se sentiu com essa matéria?
Indignado
0
Indignado
Indiferente
0
Indiferente
Feliz
0
Feliz
Surpreso
0
Surpreso
Triste
0
Triste
Inspirado
0
Inspirado

Principais Manchetes