Não apenas favorável às comemorações do que chamou de “contra-revolução”, o deputado federal por Mato Grosso Nelson Barbudo (PSL) defende que o dia 31 de março de 1964 deva ser celebrado com uma festa muito maior do que a realizada no último domingo, uma vez que marca a “libertação do país das mãos dos comunistas”.
“As comemorações foram poucas. Tinha que ter tido rojão, foguete e tiro para cima, porque 31 de Março de 64 foi a redenção do Brasil. Não existiu ditadura nem golpe militar. O militar não tomou o poder de ninguém, o Congresso Nacional depôs João Goulart e depois elegeu Castelo Branco. As Dilmas [Rousseff] da vida queriam implantar a ditadura cubana no Brasil e a população saiu às ruas e pediu. Não teve golpe, golpe é quando encosta os tanques e tira o presidente”, disparou o parlamentar, em visita ao LIVRE nesta segunda-feira (1º).
Na opinião de Barbudo, a determinação de Bolsonaro para que o Ministério da Defesa fizesse as devidas comemorações da data foi correta e necessária. “Tem que aflorar e a esquerda tem que saber que perdeu a eleição. O Brasil tem governo de direita porque a população quis”.
O deputado pontuou que dentro do Congresso Nacional já foram realizadas sessões em comemoração à Revolução Russa e a Karl Marx, classificando os posicionamentos contrários à celebração do 31 de Março como “dois pesos e duas medidas”.
“Eles podem comemorar o pai do comunismo e nós não podemos comemorar o que consideramos a libertação das mãos dos comunistas? A esquerda pode comemorar e a direita não pode? Eu sou favorável a que cada regime vencedor se imponha”, declarou o parlamentar.