Em comemoração aos 20 anos de atividade em Cuiabá, o Ballet Denise França estará em cartaz com novo espetáculo de dança neste sábado (16), às 20 horas, no Teatro Zulmira Canavarros. Apresentam-se na ocasião crianças de 3 anos a bailarinos da terceira idade, em ritmos clássicos e contemporâneos, com trilha sonora regional e nacional. Os ingressos saem a R$ 30, adquiridos na própria sede da companhia, localizada na Avenida Tancredo Neves, 432, Jardim Kennedy.
E não só a data, como as apresentações também são especiais, pois contarão com a turminha de dança inclusiva. A idealizadora da companhia, Denise França, explica ser a única na capital que trabalha com bailarinos cadeirantes e tem um filho no corpo de bailarinos – o que foi um acaso, apesar de ser mais uma motivação.
“Comecei a trabalhar com alunos deficientes em 2001. Ele nasceu em 2019 e desde então faz parte da turma. É um grupo muito especial que cresceu juntinho”, conta. São sete crianças, de 8 a 11 anos, entre bailarinos cadeirantes e convencionais que ensaiam todas as quintas-feiras. A turma é única, mas Denise revela que pretende abrir uma nova no próximo semestre.
Neste sábado, eles cantam e dançam, em cima das rodas, ao som da interpretação de Amora por Renato Teixeira e a Orquestra Sinfônica do Estado de Mato Grosso. “Como a gravação é acompanhada da Orquestra, ficou uma música apropriada, super clássica”.
No espetáculo, outras canções próprias da língua portuguesa, que permeiam o imaginário da identidade brasileira e celebram a regionalidade mato-grossense, dão o tom das coreografias e interpretações que tomam conta do palco do teatro. Músicas com autoria de compositores renomados como Almir Sater, Chico Buarque, Renato Teixeira, Lucinha Lins, Carlinhos Brown, não irão faltar.
E além do balé clássico, as vertentes moderna e contemporânea, a dança Flamenca e até o clássico regional Siriri também marcam presença. Segundo Denise França, a escolha de repertório vem como uma forma de retomar o conceito das primeiras peças apresentadas pela companhia ao longo das duas décadas.
“Os primeiros espetáculos foram mais autorais e regionais, com temas bem brasileiros. Por questão comercial Disney, passamos a usar como inspiração do balé as histórias infantis da Disney mais famosas e agora apresentamos essa retomada”, explica.