Um homem de 36 anos, baleado na madrugada desta sexta-feira (05) após ameaçar atirar em um policial da Força Tática, morreu pela manhã no Pronto-Socorro de Várzea Grande. Antes de falecer, ainda no local do crime, ele pediu ajuda à equipe do próprio militar que havia ameaçado, que o levou ao Pronto-Socorro ainda com vida.
O caso começou em um patrulhamento da Força Tática no Bairro José Carlos Guimarães, em Várzea Grande, por volta de 1 hora da manhã. Os militares visualizaram uma pessoa com uma sacola nas mãos, que, ao vê-los, jogou a sacola no chão e começou a correr, entrando em uma casa.
Os policiais entraram na casa atrás dele e foram encontrando algumas pessoas nos cômodos. Conforme o boletim de ocorrência, em um dos quartos os militares viram o homem com uma arma nas mãos, apontando para um dos soldados.
O soldado reagiu atirando no homem e se escondendo em seguida. Um sargento que fazia parte da equipe então entrou no quarto para revistar o lugar. O suspeito estava no chão, mas ainda com a arma em mãos e apontou em direção ao sargento, que também reagiu atirando.
Nesse momento, o suspeito, de 36 anos, resolveu pedir socorro ao próprio policial dizendo: “socorro, me ajuda, o carro tá lá no 13, me ajude”, consta no boletim de ocorrência.
Os policiais ficaram sem entender o que o suspeito estava querendo dizer sobre o carro, mas checaram os sinais vitais dele, constataram que ele ainda estava vivo e acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Enquanto aguardavam a ambulância, os militares ficaram observando os sinais vitais do suspeito. Em determinado momento, notaram que os batimentos estavam diminuindo e comunicaram aos CIOSP que, para garantir a vida do acusado, iriam levá-lo ao Pronto-Socorro de Várzea Grande. Ele chegou no PS ainda com vida, porém, não resistiu e morreu.
Depois, os policiais checaram a sacola que o suspeito tinha jogado no chão antes de entrar na casa e encontraram uma porção de maconha e a chave do veículo que ele havia citado quando pediu ajuda.
A equipe tentou ligar a fala desconexa do suspeito e entendeu que ele poderia estar se referindo ao Bairro Novo Mato Grosso, também em Várzea Grande, que antigamente se chamava 13 de Setembro.
Eles foram até o bairro e encontraram um veículo Ford Ecosport prata parado na Rua Aragarças. Eles testaram a chave e conseguiram abrir o veículo. A placa não constou como produto de roubo, mas ao checar o chassi, os militares comprovaram que era um veículo roubado.
A Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) e a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) foram acionadas no local onde aconteceram os tiros.
O caso foi registrado como posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito ou proibido, resistência, receptação e tráfico ilícito de drogas.
