Pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) desenvolveram um produto que combate as larvas do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika, chikungunya e febre amarela. O larvicida é visto como uma promessa no combate às doenças, que tornaram-se endêmicas em Mato Grosso e outros estados do Brasil.
A manipulação é feita a partir de bactérias Bacillus spp, que produzem compostos tóxicos. Conforme o grupo de estudo, esse tipo de bactérias é diferente de outros microrganismos disponíveis no mercado para controlar as larvas. As Bacillus spp, conhecidas como Bacillus paranthracis, Bacillus safensis e Bacillus velezensis, não afetariam outros insetos e organismos que vivem no solo ou na água.
Os pesquisadores identificaram essa bactéria em algumas áreas de Mato Grosso, como o Pantanal, o que pode significar melhor condução dos estudos com manipulação mais variada.
“Os resultados confirmam a necessidade de preservar esse bioma e o incentivo de pesquisas na busca de microrganismos pantaneiros”, afirma o professor e líder do grupo de pesquisa “Ecologia e Biotecnologia Microbiana e de Endofíticos”, Marcos Antônio Soares.
O trabalho liderado pela UFMT tem colaboração de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de Viçosa (UFV) e Embrapa Amazônia Ocidental.
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