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Avião construído para resistir ao “fim do mundo” é derrubado por um pássaro

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Avião construído para resistir ao “fim do mundo” é derrubado por um pássaro

As ironias por vezes são muito cruéis. É o fato que ocorreu com o avião projeto para resistir uma guerra nuclear que acabou extremamente danificado por conta de um pássaro que foi sugado por uma das turbinas.

No último dia 2 de outubro, a equipe das Forças Armadas conduziam um teste em algum lugar do estado de Maryland. A aeronave já estava no ar e deveria fazer uma manobra que consiste em tocar o chão por alguns segundos e voltar a decolar. Durante o exercício, um pássaro entrou em uma das quatro turbinas do avião, causando um pouso forçado.

Nenhum dos tripulantes se feriu, mas os estragos não foram baratos: o passarinho causou um prejuízo de U$2 milhões (cerca de R$8 milhões) em danos para a aeronave. A marinha americana classificou o acontecimento como um “acidente de classe A”, o pior na escala de desastres. Esse rótulo é reservado para acidentes com mortes ou ferimentos irreparáveis, para o caso de perda total da aeronave ou estragos maiores de 2 milhões de dólares.

O E-6B Mercury foi construído pela Boeing para funcionar como uma espécie de base aérea para a marinha americana no caso de uma guerra nuclear. Ele poderia servir como um centro de comando e comunicação militar. O grande diferencial é que seus sistemas de controle conseguem operar mesmo se uma bomba nuclear explodir bem debaixo do avião.

Entretanto, acredite, acidentes aéreos ocorridos por conta de colisões com pássaros são muito comuns na aviação. São registrados mais de 3 mil acidentes aéreos militares por ano envolvendo animais selvagens só nos Estados Unidos. No Brasil, a média é de 2 mil colisões com fauna todo ano.

Hoje em dia, apesar de todo o dano que um simples pássaro causou ao avião que “sobrevive” ao fim do mundo, as aeronaves comerciais comuns possuem a robustez necessária para aguentar eventuais colisões com pássaros pequenos.

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