Nesta sexta-feira (20 de abril), o Tribunal de Justiça de Mato Grosso realiza a palestra “Aceitação e Inclusão Escolar” em parceria com a Associação de Amigos dos Autistas de Cuiabá (AMA). O evento será realizado entre 14h e 18h, no Auditório Gervásio Leite.

Dentre os palestrantes, está a psiquiatra Karine Siquara Quadros Paschoal. Na ocasião, ela vai falar sobre a importância da aceitação do Transtorno do Espectro Autista, tanto por parte da família quanto da sociedade. Ela destaca ainda a relevância do diagnóstico precoce para o bom tratamento.

“Quanto mais cedo forem identificados os sinais que possam sugerir o diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA), mais rapidamente será iniciada a estimulação e mais efetivos serão os ganhos no desenvolvimento da criança e os resultados do tratamento serão muito mais promissores”, ressaltaa profissional.
A experiência vivida pela mãe de João Lucas, 5 anos, a servidora do Tribunal de Justiça Manuela Ribeiro comprova a tese da psiquiatra. Ela descobriu quando o filho tinha 1 e 6 meses que ele se encaixava no Transtorno de Espectro Autista e seguiu o tratamento. Ela pontua que agora está colhendo os frutos da intervenção e do diagnóstico precoce do espectro autista, já que hoje o filho está totalmente inserido na sociedade sem dificuldade nenhuma de interação e socialização.
Não é uma coisa fácil porque não é como fazer um exame de sangue e conseguir um resultado. O diagnóstico é clínico. Passei por um psiquiatra infantil, fizemos por seis meses a terapia e quando retornamos ela fechou o diagnóstico em autismo leve. Eu segui a corrente da alimentação e, desde então, já vai fazer 3 anos ele não come glúten, lactose e caseína. Hoje ele é considerado fora do espetro autista, mesmo assim a gente não fala de cura porque não se sabe a causa”, ressaltou Manuela.
Um dos maiores problemas envolvendo o TEA, além da falta de profissionais habilitados para o atendimento, é o elevado custo dos tratamentos. “Infelizmente o tratamento é caro e nem todos têm acesso. A luta precisa ser nesse sentido, a fim que todos tenham acesso ao tratamento adequado e que conheçam seus direitos”, diz Elaine Zorgetti Pereira, servidora do TJ, que também tem um filho com o TEA.
Elaine conta que sofreu muito para conseguir fechar o diagnóstico do filho Gabriel, que tem 4 anos. Foram 2 anos até chegar a uma resposta. “Comecei a perceber as dificuldades do meu filho, passei por vários especialistas, mas todos diziam que ele não tinha nada. Até a psicopedagoga da escola onde ele estudava me chamou e disse que ele tinha traços do autismo leve. E desde então ele está em tratamento. Mesmo tendo muitas dificuldades de acesso a profissionais especializados, ele já apresentou melhoras. Quando recebemos a notícia parece que abriu um buraco no chão e não sabíamos o que fazer, mas é importante os pais se atentarem para o diagnóstico precoce, isso faz toda a diferença”, enfatiza a mãe.
Com Assessoria

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