Negócios

Aumento dos custos de produção e tranporte irão alavancar o preço dos defensivos

Empresários apontam as mudanças cambiais, a escassez de matéria-prima e valores aplicados em logísticas como gatilhos da alta

2 minutos de leitura
Aumento dos custos de produção e tranporte irão alavancar o preço dos defensivos
Foto: Agência Brasil

A cadeia de produção de alimentos começou o ano com graves preocupações. O contexto econômico mundial, bastante impactado pela covid-19, segue uma tendência de alta nos preços de matérias-primas e embalagens, além de aumento no custo logístico – tanto nacional quanto internacional.

Para o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg), esse é apenas um dos obstáculos que têm potencial para prejudicar a população do Brasil.

“A valorização da moeda chinesa em relação ao dólar, impulsionada pela perspectiva de crescimento desse país, que deve atingir seu maior pico em dois anos, e o aumento generalizado do custo das matérias-primas e embalagens – como papelão e resinas – têm pressionado a indústria nacional a reajustar seus preços para a próxima safra”, alerta o presidente do Sindiveg, Julio Borges.

Na avaliação do sindicato, o cenário é agravado pela depreciação do real em relação à moeda norte-americana, já registrado ao longo do ano passado. A perda cambial para o setor de insumos agrícolas, representado pelo Sindiveg, foi de 18,5% entre janeiro e dezembro de 2020.

“Devido à consistente variação no preço do dólar, as empresas do setor não conseguiram fazer o repasse integral do aumento dos custos no ano passado, algo que vai acontecer em 2021”, diz Borges.

Em relação à logística, o frete marítimo dobrou nos últimos três meses e continua com tendência de alta no curto prazo, principalmente em razão da insuficiência de contêineres e navios no mercado global, problema que pode atingir seu ápice ainda neste primeiro semestre, segundo relatório da chinesa Bai Chuan Info (BAIINFO).

A situação logística foi agravada pelo baixo crescimento da frota global de contêineres. Em 2020, o número subiu 2,9%, o menor patamar desde 2016, abaixo do necessário para atender à demanda exigida pelo mercado internacional.

“O setor de produtos para sanidade vegetal enfrentou um 2020 muito difícil com pandemia, variação cambial e falta de matérias-primas. Além disso, este início de ano foi também impactado pelo aumento de impostos nas operações interestaduais a partir do Estado de São Paulo. Nesse cenário, os defensivos agrícolas já sofreram e sofrerão novos reajustes para absorver os aumentos de custos, bem como o impacto de uma alta do dólar acima do projetado. Esperamos que a situação se normalize em breve”, finaliza o presidente do Sindiveg.

(Com Assessoria)

Use este espaço apenas para a comunicação de erros




Como você se sentiu com essa matéria?
Indignado
0
Indignado
Indiferente
0
Indiferente
Feliz
0
Feliz
Surpreso
0
Surpreso
Triste
0
Triste
Inspirado
0
Inspirado

Principais Manchetes