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Ator cuiabano brilha na TV nacional e clama por mais apoio à cultura mato-grossense

Cuiabano de “chapa e cruz”, Romeu Benedicto deu vida ao Anacleto na novela Pantanal

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Ator cuiabano brilha na TV nacional e clama por mais apoio à cultura mato-grossense
(Foto: arquivo pessoal)

Romeu Benedicto, conhecido pelo personagem Totó Bodega, agora ganhou as telas nacionais ao interpretar o vaqueiro Anacleto, na novela Pantanal, da rede Globo. A novela de 1990 retorna na Rede Globo no ano de 2022, com sucesso de audiência.

No enredo, o personagem de Romeu retratou a rotina dos peões pantaneiros. Nas memorias do ator ficaram os bons momentos do entardecer e as cantorias nos bastidores das gravações.

O cuiabano ficou no final de 2021 no Mato Grosso do Sul gravando o remake. As gravações foram realizadas nos municípios de Aquidauana, Corumbá e Miranda.

(Foto: arquivo pessoal)

E em uma caixinha de perguntas aberta em sua rede social “Instagram”, ele afirmou que, apesar das gravações, o que mais o marcou foi tudo aquilo que não está gravado, mas sim apenas em sua memória.

“O que mais me marcou muito foram os bastidores, as conversas, as rodas de violas na beira do Rio Negro, uma costela de porco assada ao pôr do sol, ao som de Almir Sater, e todo aquele elenco, isso me marcou muito, só gravar nas retinas do olhos”, comentou.

(Foto: arquivo pessoal)

Ele disse ainda que era levado para o Pantanal por um piloto também cuiabano, Kejinaldo, e contou uma curiosidade sobre os pousos.

“Antes de voar tínhamos que ver se não tinha jacaré na pista e antes de pousar tínhamos que passar rádio para pedir licença para as emas saírem da pista”, lembrou, aos risos.

(Foto: arquivo pessoal)

Apoio à cultura

Neste ano o ator já gravou três curtas-metragens e um longa. Ele afirma, porém, que a cultura e os artistas mato-grossenses precisam de mais apoio para levar a cultura do Estado para o resto do Brasil.

“Nós precisamos ocupar esse país com nossa cultura, nós temos estrutura, temos potencial histórico, mas precisamos de política para que a gente possa fazer essa ocupação em outros territórios, outros Estados, levando a nossa cultura”, afirmou.

Ele disse que muitos artistas mato-grossenses que conseguiram levar seu trabalho para além do Estado, como ele mesmo, Adir Sodré, Vitor Hugo, Irigaray, Amorim Tangará e Flor Ribeirinha, precisaram pedir muito para conseguir um mínimo de ajuda de custo dos órgãos públicos.

“A cultura é um produto e seguimento que depende de investimento e é investimento como qualquer setor comercial ou produtivo. Assim como a soja e a agricultura, a cultura também necessita de investimento, de atenção, para que a gente possa exportar os nossos produtos”, explicou.

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