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Ato contra o passaporte sanitário é realizado em Cuiabá

Mobilização aconteceu na praça Ipiranga e transeuntes sinalizaram desconhecer a proposta de controle sanitário

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Ato contra o passaporte sanitário é realizado em Cuiabá
(Foto: Divulgação)

Um ato contra o passaporte sanitário foi realizado na manha deste sábado (22), em Cuiabá. A mobilização aconteceu na praça Ipiranga com o objetivo de chamar atenção para a não implantação do controle vacinal contra a covid-19. Um projeto de lei que tramita na Assembleia Legislativa tenta impedir que a medida seja adotada no Estado.

A organizadora Josiany Simas, que coordena o movimento Patriotas e Conservadores Mato-grossenses, reforça que a mobilização é contra a obrigatoriedade da vacina contra a covid-19. Vacinar ou não deveria ser uma decisão e não uma imposição, afinal, com a implantação do passaporte sanitário, o cidadão só poderá exercer determinados direitos se tiver sido vacinado.

A mobilização, reforça Simas, foi para chamar a atenção da sociedade para essa limitação de direitos.

Autor do projeto que tramita na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) e que busca impedir a implantação do passaporte no Estado, o deputado estadual Gilberto Cattani (PSL) avaliou que esse tipo de mobilização demonstra a preocupação da população em perder a sua liberdade de escolha.

O parlamentar comentou ainda que uma grande parcela da mídia trabalha para um sistema de dominação mundial, de acordo com o plano da Nova Ordem Mundial, e que difunde informações que não demonstram o efeito real de uma obrigação.

“As pessoas têm que acordar para isso, numa ditadura o povo é obrigado a trilhar o caminho determinado pelo ditador. Aqui estamos fazendo diferente, se a população quiser se vacinar, vai se vacinar e quem não quiser, tem esse direito também”, argumentou.

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População confusa

Durante a manifestação contra o passaporte sanitário, algumas pessoas sinalizaram que sequer sabem o que é esse tipo de controle. Em Cuiabá já está em vigor desde o mês de dezembro de 2021. Conforme a determinação da Prefeitura, é preciso apresentar o comprovante de vacinação contra a covid-19 para entrar em locais que geram aglomerações, como por exemplo, espaços de lazer tipo shopping e festas.

Mas ainda assim, há quem não entenda esse tipo de controle. É o caso de Maria da Penha dos Santos Silva, de 50 anos. A doméstica comentou que não se vacinou porque tem problemas renais e pancreáticos, tanto é que passou por cirurgia há alguns dias.

“Não sei o que é esse passaporte vacinal, como funciona?”, perguntou. Depois de saber como funciona a cobrança, Maria da Penha demonstrou discordar da exigência. “É um absurdo, muita exposição. Quem quiser se vacinar, vacine e estará protegido. Quem não quiser, também precisa ser respeitado”, defendeu.

Reginaldo Bonifácio da Silva, de 62 anos, tomou as duas doses da vacina Astrazêneca e disse que não sabe se vai tomar a terceira. “Eu sei de pessoas que se vacinaram, tiveram covid e morreram. Assim como tem quem não se vacinou, adoeceu e se curou. Sinceramente, não sei o que fazer”, disse confuso.

Quanto ao passaporte sanitário, o vendedor disse não compreender muito bem, mas afirmou ser contra a vacinação obrigatória. “Tem muito pouca divulgação desses projetos para a gente avaliar, entender o que está acontecendo, mas não pode obrigar ninguém a vacinar”, avaliou.

Venezuelano e morando no Brasil há 3 anos, Arturo Flores, de 40 anos, conta que não se vacinou ainda pois, nas duas vezes que tentou, em uma estava doente, com a covid-19 e na outra, não tinha encerrado o prazo de espera após a contaminação.

Mas não há ansiedade para vacinar, afirmou. “Não concordo com a vacina obrigatória e fico preocupado com esse tipo de medida. O importante é cuidar da saúde e da imunidade”, disse.

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