Até 20% da população de Mato Grosso entra na idade adulta como alguma doença crônica relacionada ao peso, falta de exercício ou consumo exagerado de bebida e alimento.
O diagnóstico está na Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A hipertensão é o caso mais frequente.
Até o fim do ano passado, 21,6% das pessoas com 18 anos ou mais disseram ter sido diagnosticada com a doença. A maioria (83,5%) disse que obedece às regras para o controle da pressão alta.
Outras doenças
A depressão, considerada um problema de saúde pública, já atingiu 8,6% da população de Mato Grosso.
Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), ela se caracteriza por transtorno mental, tristeza e oscilação de sentimentos. Na época, 32,6% das pessoas diagnosticados usavam medicamento.
A diabetes foi a terceira doença crônica mais citada pelos mato-grossenses, com uma proporção de 6,6% dos 3,4 milhões de habitantes.
A doença altera a composição sanguínea, geralmente, pelo consumo excessivo de açúcar. O mesmo questionário identificou que 11,3% das pessoas consomem doce, mas sem especificar a regularidade.
A pesquisa mostrou ainda que 1,8% da população foi diagnosticada com câncer e 1,9% com insuficiência renal.
Elas são silenciosas
O estudo reforça para o quadro de doenças crônicas por se tratar de debilitações do organismo que se desenvolvem lentamente e com sintomas podem levar alguns anos para ser percebidos.
Essa avaliação pode ser confrontada pela proporção de pessoas que consideram ter boa saúde em Mato Grosso. O número está em 7 para cada 10, conforme a pesquisa.
No mesmo período, foi verificado redução no consumo de tabaco, mas aumento do consumo de bebidas alcóolicas e de maneira abusiva.