Para diminuir os impactos negativos das obras não concluídas na BR-163, na região do Distrito Industrial em Cuiabá, empresários do setor entregaram um anteprojeto independente ao superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Antônio Gabriel.
A proposta é que uma parceria público-privada melhore o tráfego de veículos, além de trazer mais conforto e segurança aos condutores.
“O que estamos sugerindo é fazer acessos e sinalizações emergenciais, de forma paleativa. E para que isso seja feito, estamos trabalhando com a prefeitura da Capital e o governo do Estado”, explicou a presidente da Associação das Empresas do Distrito Industrial de Cuiabá (Aedic), Margareth Buzetti.
A proposta é concluir os acessos das marginais à rodovia, além de três retornos operacionais que não foram feitos.
Obras não concluídas
As obras de duplicação na BR-163/364, entre Cuiabá e Rondonópolis, é de responsabilidade do Dnit, que contratou a construtora Sanches Tripolini, empresa vencedora do leilão do lote com 42 km de extensão.
O trecho tem início no segmento em concreto da Serra de São Vicente até o viaduto existente no entroncamento com a Rodovia dos Imigrantes (BR-070/MT). Neste momento, as obras de duplicação estão mais avançadas no trecho após o Sinuelo, mas já deveriam ter sido concluídas no fim de 2020.
“A MTSul Construções já fez um projeto prévio e vai realizar o estudo completo de viabilidade técnica para criação de novos acessos em pontos estratégicos, mas precisamos da autorização do Dnit para fazermos. É muito tempo com obras interferindo nos negócios”, pontuou Margareth.
O superintendente do Dnit, Antônio Gabriel, explicou que entende as reclamações dos empresários e disse que cobrou celeridade da empresa Sanches Tripolini, que alegou não ser possível por conta do período chuvoso.
“Sabemos que a obra está incompleta, com trechos que ainda não foram concluídos, mas que serão feitos”, ele garantiu. “Foi feita uma notificação final, com prazos para que a Sanches retorne e finalize a obra ou vamos fazer um encerramento contratual, com punições devidas à empresa e fazer uma nova licitação”, complementou.
Se houver a rescisão, o novo certame poderá ter início em maio.
Sem tempo a perder
A situação não agradou os empresários da Aedic, que alegaram não terem tempo para uma nova licitação. “Nós conseguimos uma emenda com o senador Jayme Campos (DEM) destinada a Prefeitura de Cuiabá no valor de R$ 10 milhões para que possamos fazer esse anteprojeto e resolver de maneira paliativa essa situação”, disse.
O comerciante Antônio Menegassi relatou o drama que ele e os colegas sofrem sem a finalização das obras. “O nosso sentimento é de destempero. Já tive vários clientes que não conseguiram buscar encomendas em minha loja porque a carreta não tinha acesso. E dele me pedir para enviar via Sedex. Perder venda ou gastar mais com frete. Estamos desesperados e falindo com isso”, frisou.
“Nós não temos tempo para esperar uma nova licitação. Vejo que agora andamos na tratativa, pois precisávamos que o Dnit desse um passo, e foi o que aconteceu. E vejo que será possível colocar em prática esse projeto. Só falta o órgão autorizar para terminarmos a projeto que encontramos como alternativa”, afirmou.
(Da Assessoria)