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Assassino é descoberto após corpos de duas ex serem encontrados em seu quintal

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Assassino é descoberto após corpos de duas ex serem encontrados em seu quintal
Foto: PJC

Seis anos após o desaparecimento de Talisa de Oliveira Ormond, 22 anos, e Benildes Batista de Almeida, 39 anos, a Polícia Judiciária Civil encontrou, nesta segunda-feira (13), os corpos das duas enterrados na casa de um ex-companheiro que elas tiveram em comum, Adilson Pinto da Fonseca, 48 anos, no Bairro Nova Conquista, em Cuiabá.

Talissa foi a primeira a desaparecer, por volta do dia 04 de julho de 2013. Já Benildes foi vista pela última vez no dia 17 de dezembro de 2013. Desde então, o Núcleo de Pessoas Desaparecidas, da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), investigava o caso.

Por fim, o Núcleo concluiu que as duas mulheres haviam sido assassinadas pela mesma pessoa, Adilson Pinto da Fonseca, visto que Talissa, quando desapareceu, era namorada do suspeito, e Benildes ex-mulher dele.

Além de matar as duas, o acusado, que foi preso nesta segunda-feira (11) em flagrante, por ocultação de cadáver, enterrou os corpos da namorada e da ex-mulher no terreno de sua própria casa.

Segundo a Polícia Judiciária Civil, a primeira ossada – ainda não descoberta de qual das duas mulheres – foi encontrada a mais de um metro de profundidade, perto da calçada, na lateral da casa do suspeito. Mesmo usando equipes apropriados, a polícia não vinha encontrando o corpo, achado somente após uma denúncia anônima, recebida enquanto as buscas já eram realizadas, que apontou a localização exata em que o corpo estava enterrado.

Foto: PJC

A princípio, a segunda ossada seguia desaparecida. Porém, ainda conforme a Polícia Civil, depois de ser preso e ver a primeira ossada ser encontrada, Adilson confessou ter matado e enterrado Talisa e Benildes e informou onde achava ter enterrado a outra vítima.

Como já se passaram seis anos do crime, o delegado Fausto José Freitas da Silva precisou montar uma força tarefa para realizar as escavações e encontrar as ossadas. Além da DHPP, uma equipe da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), um cão farejador do Corpo de Bombeiros, uma equipe da Águas Cuiabá e um professor de Geologia da Universidade Federal de Mato Grosso também estavam presentes.

“Viemos com uma equipe preparada para esse trabalho, com perícia e um professor de geologia para fazer levantamento do solo e aparelhagem específica para identificação dos pontos. Uma ossada já encontramos. A retirada dos ossos é muito delicada, tem  que se tirar  osso por osso para não quebrar. Mas já temos uma suspeita do segundo local, onde está o corpo da outra vítima”, disse o delegado.

Segundo o delegado, os inquéritos, com mais de dois volumes de informações colhidas ao longo dos anos de investigação, levavam a DHPP ao suspeito, mas ainda não era possível concluir o caso – até esta segunda-feira – pela falta de provas concretas.

“Não tínhamos corpo. Agora poderemos concluir”, afirmou o delegado Fausto José Freitas, que deve novamente interrogar o preso para saber as motivações  e circunstâncias em que as mortes ocorreram.

Foto: PJC

Os desaparecimentos

Talissa de Oliveira Ormond, 22 anos, sumiu por volta do dia 04 de julho de 2013, mas foi somente no dia 08 que seu desaparecimento foi comunicado à polícia. A mãe da jovem disse que a última vez que viu a filha foi quando ela saiu para trabalhar em uma empresa de telefonia.

A chefe da jovem confirmou que Talissa realmente havia trabalhado por todo o dia, porém, quando saiu do local, um rapaz moreno, em uma motocicleta, estava à espera dela – ela foi a única testemunha que viu Talissa saindo com o rapaz.

Talissa de Oliveira Ormond

No dia seguinte, Talissa ainda teria ligado na empresa em que trabalhava pedindo socorro e esse foi o último contato da moça, que nunca mais foi vista, ou ouvida.

Já Benildes Batista de Almeida, de 39 anos, desapareceu no dia 17 de dezembro de 2013. Ela morava em Asturia, uma cidade da Espanha, e tinha voltado ao Brasil em 2013, onde passou cinco meses com a família. No dia que iria embora, porém, ela desapareceu.

Segundo a Polícia Civil, a filha de Benildes entrou em contato com a Polícia Federal e não havia qualquer registro de que ela havia saído do Brasil. Ninguém teve nenhuma notícia dele desde o dia 17 de dezembro de 2013.

A única coisa que ligava os dois casos era Adilson Pinto da Fonseca, que já havia sido casado com Benildes e namorava Talissa no ano que os dois desaparecimentos aconteceram.

(Com assessoria)

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