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As cinco fases da Lava Jato pantaneira

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As cinco fases da Lava Jato pantaneira

Iniciada em setembro de 2015 para investigar fraudes em incentivos fiscais, a Operação Sodoma acabou por revelar diversos esquemas de pagamento de propina e desvios de recursos públicos na gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB). Coordenada pela Polícia Civil, na Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), a investigação levou diversos políticos para trás das grades, além de servidores e empresários ligados ao ex-governador.

O próprio Silval Barbosa está detido desde o dia 17 de setembro de 2015. Sucessivas ordens de prisão fazem com que permaneça até hoje no Centro de Custódia da Capital (CCC), unidade para reclusos com nível superior no bairro Carumbé. Além de ter sido o primeiro ex-governador a ser preso sob acusação de crimes cometidos em sua gestão, Silval é também o que mais tempo passou no cárcere: está há mais de um e quatro meses na cadeia.

Sodoma I
A casa caiu

Arte sobre fotos Secom/MT – Edinilson Aguiar/O Livre

Silval

 

Deflagrada a primeira fase da Operação Sodoma no dia 15 de setembro de 2015, com o pedido de prisão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), que se entregou dois dias depois à polícia. Nesta fase, está sendo investigado um esquema de pagamento de propina de pelo menos R$ 2,5 milhões, valor desembolsado por um empresário em troca da manutenção de incentivos fiscais. Investigações do MPE apontam que o dinheiro recolhido era utilizado para aquisição de bens para os integrantes da organização criminosa e pagamento de despesas de campanha. Além de Silval, nesta fase, foram presos os ex-secretários da Casa Civil, Pedro Nadaf, e da Fazenda, Marcel de Cursi.

Sodoma II
Ribeirinho

Silval

 

A segunda fase da operação foi desencadeada em 11 de março de 2016. O alvo: a compra de um terreno na Avenida Beira Rio, em Cuiabá. Cerca de R$ 13 milhões foram destinados para a compra do terreno. Nesta fase, o alvo foi o ex-secretário de Administração, Cesar Zílio, que foi preso e em seguida virou delator do caso. A área adquirida pertencia ao empresário André Maggi, filho do senador Blairo Maggi. 

Sodoma III
Em nome do pai

Silval

 

A partir dos resultados da segunda etapa, o foco se ampliou para outras ramificações do esquema. A primeira ocorreu no dia 22 de março e teve como alvo, novamente o ex-governador do Estado e o ex-secretário de Administração, Pedro Elias Domingos e o ex-chefe de gabinete do governador, Silvio Cezar Correa de Araújo. Após depoimento de Elias, revelando novos elementos do esquema, foi decretada três dias depois a prisão do filho de Silval, Rodrigo Barbosa. 

Sodoma IV
Liberdade, Liberdade

Silval

 

O alvo agora é a compra irregular de um imóvel no Jardim Liberdade, região do Coxipó, em Cuiabá, no qual o Estado pagou R$ 31.715 milhões pela desapropriação.  No entanto, R$ 15,8 milhões retornaram à organização criminosa. A ação foi deflagrada no dia 26 de setembro de 2016. Na investigação, além dos secretários do governo e o próprio governador, foram denunciados os empresários Valdir Piran acusado de receber R$ 10 milhões dos valores desviados. 

Sodoma V
Conexão Marmeleiro

 Silval

 

O advogado Francisco Faiad foi o principal alvo da quinta fase da Operação Sodoma. Ele teve a prisão preventiva decretada, juntamente com Silval  Barbosa, Sílvio César Corrêa de Araújo e José de Jesus Nunes Cordeiro, que já estavam presos. Valdísio Juliano Viriato também foi detido em Santa Catarina. O ex-vereador Lúdio Cabral (PT), o empresário Wanderlei Torres e o seu filho, Rafael Torres, e os suspeitos de participarem de esquemas anteriores, Francisco Andrade Lima, Marcel de Cursi e Arnaldo Souza Neto foram levados coercitivamente para prestar depoimentos. Nove mandados de busca e apreensão foram expedidos.

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