O governador de Mato Grosso Mauro Mendes (DEM) não economizou críticas à atenção básica de alguns municípios da Baixada Cuiabana durante a coletiva que concedeu nesta sexta-feira (24) por meio das redes sociais do governo.
Ele alegou que as filas que se formaram em frente à Arena Pantanal, em Cuiabá, onde está instalado o centro de triagem, têm relação com a ausência do serviço nos locais próximos ao paciente.
“As filas, na abertura, foram diretamente proporcionais ao fracasso da atenção básica nos municípios de entorno”, afirmou Mendes.
Desde o começo da semana, o local está recebendo pacientes para atendimento médico, testes rápido e distribuição de kit-covid.
Além disso, ele e o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, asseguraram que as pessoas estão sendo atendidas e que, hoje, a situação está regularizada. Afirmou que todos que precisam estão recebendo os medicamentos e sendo encaminhados para as unidades de saúde quando necessário.
Segundo ambos, atualmente há vagas nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e em leitos de internação. O cenário de saturação, que foi visto nas semanas passadas, quando a ocupação chegou a 97%, está superado.
Hoje está em 88% a taxa de ocupação e, com a perspectiva de incremento de leitos, haverá oferta aos que precisam.
Mendes relatou ainda que existe uma estimativa de que mais de 50% da população já tenha contraído o vírus, o que é um bom sinal. Ele argumenta que o problema não é se contaminar e sim o agravamento da doença, que exige mais do Sistema Único de Saúde e gera colapso.
Comércio não-essencial
Na entrevista, Mendes ainda anunciou um novo decreto, com validade para todo Mato Grosso, e que inclui a retomada do comércio considerado não essencial.
Segundo o governador, uma parcela pequena de atividades está sendo penalizada, enquanto outras estão atuando normalmente.
Em vários momentos, citou a expressão “é preciso conviver com o vírus”.
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Na avaliação dele, a única solução para a covid é a vacina, cuja perspectiva de passar a ser administrada é o próximo ano.
“Não temos como sacrificar mais a economia. E o comércio não é o grande vilão. As pessoas pegam covid nos bairros, nas igrejas e em outros pontos”, citou.