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Aprosoja MT repudia vandalismo em sede de Brasília

Prédio foi alvo de depredação e pichação nesta quinta-feira (14) por um grupo do Movimento Sem Terra (MST)

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Aprosoja MT repudia vandalismo em sede de Brasília
(Foto: Divulgação)

A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) emitiu uma nota de repúdio ao vandalismo e depredação que aconteceu na sede, em Brasília. Na manhã desta quinta-feira (14), um grupo da Via Campesina, ligada ao Movimento Sem Terra (MST), invadiu o local, jogou pedras, tintas, fez pichações e colocou faixas criticando o agronegócio.

A ação foi gravada pelos próprios invasores e ganharam as redes sociais.

Nas imagens é possível ver o momento em que adentram o terreno e começam a depredar o prédio. Enquanto isso, o grupo grita palavras de ordem, como “resistir, ocupar”. Em uma das faixas está escrito que “soja não enche prato”.

Repúdio

Vice-presidente da Aprosoja-MT, Lucas Costa Beber lamentou o ocorrido e refutou os dizeres dos manifestantes.

“A soja tem uma importância muito grande para nosso país, pois é a principal fonte de proteínas para aves, suínos e bovinos, ou seja, ela alimenta muitas pessoas”, reforça.

Beber destaca o apoio à sede nacional, da qual o Estado também compõe a diretoria, e frisa que torce pela responsabilização dos responsáveis pelo vandalismo.

“Nós esperamos que as autoridades tomem providências e identifiquem esses vândalos e que eles sejam punidos no rigor da lei. É preciso que se faça justiça para que fatos como este não voltem a se repetir, e que as entidades do nosso país não sejam ameaçadas”, declara.

Mais apoio

Nas redes sociais foram postadas muitas mensagens de apoio à Aprosoja Brasil.

O ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, por exemplo, definiu os manifestantes como terroristas. O deputado federal paranaense, Pedro Lupion (DEM) divulgou o vídeo e deixou o espaço para os seguidores comentarem. “Lamentável” e “absurdo” foram palavras bastante usadas nas opiniões.

Ex-vereador por Cuiabá, Abílio Brunini também criticou a ação da Via Campesina. “O que mais me irrita é saber que possivelmente ninguém será penalizado”, escreveu.

Providências

A Aprosoja Brasil também emitiu nota e informou que já está tomando providências junto às autoridades policiais para que os responsáveis sejam identificados e responsabilizados por cada um dos crimes cometidos.

A entidade destacou ainda que, no momento da invasão, uma funcionária estava no prédio e teve medo de ser agredida.

Confira abaixo a íntegra da nota.

“A Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) repudia de forma veemente a invasão e a depredação de sua sede na manhã desta quinta-feira (14.10), em Brasília.

A entidade já está tomando as providências cabíveis junto às autoridades policiais para que os responsáveis sejam identificados e responsabilizados por cada um dos crimes cometidos.

Esta invasão covarde é uma afronta ao Estado Democrático de Direito e coloca em risco a integridade física de seus colaboradores e associados.

No momento da invasão, uma funcionária da associação que estava no recinto precisou se esconder dentro do banheiro com medo de ser agredida pelas mais de 60 pessoas que participaram do crime.

Apesar do episódio, a entidade seguirá representando milhares de produtores rurais de todos os tamanhos e de todos os estados brasileiros que produzem soja e milho, grãos esses que são essenciais para garantir a alimentação da população brasileira e de diversos países.

_Ao contrário do que dizem entender os invasores em suas pichações – de que a soja não enche prato de comida – a soja e o milho produzidos na mesma área como segunda safra são fundamentais para a produção de carnes, leites, óleos, ovos e derivados. O grão também é utilizado na produção de medicamentos, cosméticos, tintas, colchões, pneus e até biodiesel, combustível ecológico que contribui para a redução de efeitos causados pela poluição nos centros urbanos.v

O plantio de soja contribui com a geração e a manutenção de milhões de empregos no campo e, principalmente, nos centros urbanos, graças a toda uma cadeia complexa de comércio, serviços e de logística que se torna necessária com a produção rural.

Os insumos utilizados no campo (máquinas, implementos, pneus, fertilizantes e defensivos) são produzidos e preparados nas cidades, assim como tudo que é produzido no campo vai parar nas gôndolas dos supermercados, nas cidades onde estão as indústrias instaladas.

Portanto, manifestações como estas que ocorreram na sede da Aprosoja Brasil não constroem nada de bom e são o oposto do que a sociedade brasileira precisa neste momento, que é de união, serenidade e equilíbrio para superar os efeitos da pandemia e da crise econômica que se seguiu, gerar empregos, combater a fome e cuidar dos mais vulneráveis. E é com este espírito que nos revestiremos para seguir trabalhando”.

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(Com assessoria)

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