A eleição para a direção da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis (FACC) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) será na próxima terça-feira (7), mas uma situação tem gerado indignação: os servidores aposentados não poderão participar do processo eleitoral.
A permissão de voto aos aposentados é prevista em resolução do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe). Inclusive está previsto no edital. Porém, esse ponto não está sendo obedecido.
A Comissão Eleitoral chegou a reconhecer o vício no edital, “em razão da previsão da participação dos aposentados no colegiado eleitoral para escolha de diretor (contrário a Resolução CONSUNI 01/, de 1992)”, alegou com base no Conselho Universitário.
Além disso, pontuou ainda que buscou nas fontes oficiais da UFMT a listagem dos aposentados com ex-lotação na FACC. Porém, esse levantamento não existe nos sistemas oficiais da universidade.
Decepcionante
Uma pessoa que integrou o quadro de servidores da faculdade por mais de 20 anos e hoje está aposentada, demonstrou indignação com a situação.
Ela, que preferiu não se identificar, narrou que nunca teve esse tipo de exclusão nas eleições anteriores.
“É um caso inédito. Causa uma indignação. A Comissão Eleitoral deveria se empenhar mais para que participássemos”, disse.
A pessoa acredita que a tendência dos aposentados seria de votar em determinado candidato, disse sem revelar qual.
A docente Cecília Arlene Moraes está na ativa e defende que os colegas aposentados também participem das eleições.
“Queremos que todos votem para manter a licitude e integridade eleitoral, meus colegas merecem respeito e consideração”, disse.
Receio
A professora Giseli é uma das candidatas e se mostra receosa que os colegas não consigam votar, por conta de um problema administrativo.
Candidata à direção da faculdade, a professora já protocolou o pedido junto à Comissão Eleitoral para garantir os votos dos aposentados. A resposta informou que permanecia o problema administrativo.
Diante disso, será feita uma nova solicitação, informou a professora.
“O edital é soberano, dita as regras e precisa ser respeitado”, afirmou.
O que diz a UFMT?
A Universidade foi procurada pelo LIVRE, mas, até o fechamento desta matéria, não houve posicionamento. O espaço segue aberto para as manifestações.