Mato Grosso

Após reportagem, governo reforça que cirurgias não comprovadas não foram pagas

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Após reportagem, governo reforça que cirurgias não comprovadas não foram pagas
Foto:(Ednilson Aguiar/ O Livre) O secretário José Arlindo, responsável pela Caravana da Transformação

Depois que o programa Fantástico, da Rede Globo, apresentou, na noite deste domingo (11), supostas irregularidades na Caravana da Transformação, o Governo do Estado emitiu nota reforçando a lisura do programa. Conforme o Estado, o Ministério Público (MPE) teria utilizado documentos incompletos para investigação, uma vez que as cirurgias não realizadas não teriam sido pagas.

Na noite deste domingo, o programa nacional apresentou casos de pacientes que teriam aproveitado o programa assistencialista do governo para operar de problemas da vista. No entanto, em alguns casos, o procedimento teria dado errado. Em outros, foi dispensado, mas, ainda assim, incluído na relação de serviços realizados. A matéria contou com a participação do promotor de Justiça Mauro Zaque, responsável pelas investigações.

Por meio de nota, o Governo reforçou que, durante as 14 edições realizadas, foram feitas mais de 66 mil cirurgias oftalmológicas, entre Yag Laser, catarata e pterígio, em 52 mil pessoas. Ao todo, em dois anos, mais de 300 mil pessoas teriam passado pelo programa. Pelos serviços, foram pagos R$ 48 milhões.

Sobre os casos de procedimentos não realizados, apontados pelo MPE, o governo confirmou. No entanto, disse que, ao perceber que não houve a comprovação do serviço prestado, o pagamento foi suspenso. Ao todo seriam apenas 9 casos, incluindo o de dona Joana, entrevistada na reportagem.

[featured_paragraph]“O equívoco do MPE é supor, com base em um documento incompleto, que cirurgias não realizadas foram pagas. Documentação da Secretaria de Saúde comprova que, dos nove casos trazidos aos autos pelo MPE, não constam os pagamentos de procedimentos não realizados”, diz trecho da nota.[/featured_paragraph]

Já casos denunciados por falha na cirurgia, consta que os três pacientes listados devem passar por novo procedimento. Um deles, seu Miguel de Oliveira, que também foi entrevistado pelo Fantástico, já refez a cirurgia.

Na nota, o governo ainda ressalta que os atendimentos foram feitos em uma estrutura de quase 10 mil metros quadrados, montados para o programa, e que os pacientes atendimentos foram encaminhados por meio de regulação. Dessa forma, espera afastar a suspeita de “pacientes fantasmas”.

Outro questionamento levantado foi quanto ao edital de chamamento para a empresa de oftalmologia, que seria semelhante ao de Mato Grosso do Sul. Sobre isso, o governo disse que, de fato, o programa foi espelhado no modelo aplicado no estado vizinho, e que a empresa 20/20 Serviços Médicos S/S foi a única que respondeu ao chamado.

Por fim, o governo pontuou que seguiu todas as regras de segurança e vigilância sanitária, e que o Escritório Regional de Saúde fiscalizava, in loco, os procedimentos, e garantiu que nenhum paciente foi negligenciado ou ficou sem assistência.

Para conferir a nota completa, clique aqui.

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