O secretário municipal de Saúde de Cuiabá, Huark Douglas Correia, pediu exoneração do cargo nesta quarta-feira (5). O afastamento dele ocorre um dia após o Ministério Público Federal (MPF) ter feito tal recomendação ao prefeito da capital, Emanuel Pinheiro (MDB).
A alegação para o afastamento, contudo, é que tenha sido motivada por razões pessoais. O pedido foi aceito pelo prefeito de Cuiabá e o próximo secretário municipal de Saúde da capital deverá ser anunciado nos próximos dias.
O chefe do Executivo municipal, em nota, diz que reconhece a competência, a dedicação e o empenho do servidor efetivo da rede pública municipal de Saúde Huark Douglas nas ações da Secretaria.
Foi destacado por Emanuel o comprometimento de Huark com a gestão, especialmente à frente do trabalho técnico que conduziu Cuiabá a ser contemplada no programa do Governo Federal denominado “Desafio Chave de Ouro”, que destinou R$ 100 milhões de recursos para o novo Pronto-Socorro de Cuiabá.
Além da recomendação para afastar o secretário, o MPF notificou o município, na pessoa do prefeito, para que não seja firmado nenhum tipo de contrato com a empresa Sociedade Mato-grossense de Assistência em Medicina Interna (Proclin) e com a Qualycare Serviços de Saúde e Atendimento Domiciliar.
Três vereadores por Cuiabá pediram para a Justiça Estadual para afastar o até então secretário municipal de Saúde. Os parlamentares alegaram que Huark foi nomeado procurador, com amplos poderes de representação, da empresa Proclin, que possui contrato com a Empresa Cuiabana de Saúde Pública, gestora do Hospital São Benedito.
A juíza da Vara de Ação Civil Pública e Ação Popular, Célia Regina Vidotti, negou o pedido de afastamento. A magistrada entendeu que o fato de Huark estar no cargo de secretário municipal não comprometeria as investigações, e que provas apresentadas pela defesa comprovam o desligamento do secretário da empresa.