Mato Grosso

Após morte de empresário, Justiça marca audiência sobre esquema que sonegou R$ 140 milhões

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Após morte de empresário, Justiça marca audiência sobre esquema que sonegou R$ 140 milhões

O juiz Jorge Luiz Tadeu, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, marcou para os dias 6, 20, 22, 29 e 31 de maio as audiências com os investigados na Operação Crédito Podre, deflagrada em dezembro de 2017 para desarticular suposto esquema de sonegação de impostos, por meio de fraude em exportação de commodities de Mato Grosso.

A decisão do magistrado acontece quase dois meses depois do assassinato do empresário Wagner Florêncio Pimentel, apontado como líder do esquema, e da instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Sonegação, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT).

“Apesar de ter sobrevindo aos autos informações da morte de um dos corréus, o andamento da instrução processual desta ação independe do deslinde das investigações relativas ao homicídio do corréu Wagner Florêncio Pimentel”, diz trecho da decisão.

De acordo com a ação, o agendamento das oitivas considerou o fato de que o processo já está suspenso desde outubro de 2018 para investigações complementares, ou seja, há cerca de seis meses, sem que houvesse, de fato, conclusão das novas diligências.

Quanto a morte de Wagner, o magistrado pontuou que, conforme se manifestou o Ministério Público do Estado (MPE), cabe a extinção de sua punibilidade.

Dessa forma, testemunhas de acusação serão ouvidas nos dias 6, 20 e 22 de maio, enquanto os réus Keila Catrina de Paula, Almir Cândido de Figueiredo, Evandro Teixeira de Rezende e Paulo Pereira da Silva serão ouvidos no dia 29 de maio.

Já as oitivas de Kamil Costa de Paula, Alysson de Souza Figueiredo, Paulo Serafin da Silva, Rivaldo Alves da Cunha e Diego de Jesus da Conceição estão marcadas para o dia 31 de maio. As audiências têm início às 14h.

Operação Crédito Podre

Conforme a Polícia Civil divulgou à época da operação, mais de um bilhão de grãos saíram de Mato Grosso sem o devido recolhimento do ICMS. O prejuízo total foi estimado em R$ 143 milhões, entre os anos de 2012 a 2017.

Ao todo, um grupo criminoso, formado por mais de 15 pessoas, criou cerca de 30 empresas fantasmas e emitiu mais de 2,1 bilhão de notas fiscais frias, que nunca tiveram seus tributos recolhidos no Estado.

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