Após prestar um longo depoimento nesta terça-feira (16), o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel resolveu se retirar da CPI da Covid. O ex-governador, que acabou sofrendo impeachment, teria se ofendido com uma fala sobre desvio de verbas.
Na ocasião, o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) questionou Witzel sobre a compra de respiradores no Rio de Janeiro.
“Esta frase não é minha; esta frase é uma frase que virou um mantra hoje no país com relação ao desvio em pandemia: desviar verba pública em época de pandemia não é apenas corrupção, é assassinato. E eu queria lhe perguntar sobre essa compra dos respiradores para o Rio de Janeiro”, disse Girão.
Ao se sentir ofendido, o ex-governador anunciou que iria deixar a CPI sem dar detalhes sobre seus motivos.
“Agradeço a oportunidade, senhor presidente. Agradeço as perguntas. E tenho certeza de que muito temos a contribuir futuramente”, disse Witzel, antes de ir embora.
Escândalos de corrupção no Rio de Janeiro
O ex-governador Wilson Witzel é acusado de montar um esquema de corrupção para desviar recursos do governo federal para auxiliar no combate à pandemia do coronavírus.
As denúncias sobre os ilícitos resultaram no processo de impeachment do político.
Amparo do STF para deixar a CPI
Witzel teve a prerrogativa de deixar a comissão, pois estava amparado em decisão do ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal.
A decisão afirma que a CPI não deve impactar diretamente na defesa do político.