Dois meses após ser submetido a uma cirurgia de cólon, o Papa Francisco concedeu uma entrevista à emissora de rádio COPE, na qual falou pela primeira vez sobre sua saúde durante o período pós-operatório.
O jornalista Carlos Herrera começou a entrevista com o Sumo Pontífice fazendo a simples pergunta: “Como o senhor está?”
“Ainda estou vivo”, disse o Papa em meio a um sorriso. E revelou um fato curioso: “um enfermeiro salvou minha vida”. O herói em questão se chama Massimiliano Strappetti, segundo o jornal La Repubblica.
O profissional atua no serviço de saúde do Vaticano desde 2002, onde começou depois de trabalhar durante oito anos na UTI do Hospital Gemelli, em Roma. A rádio COPE informou que Strappetti é marido, pai e conhecido por ser generoso e devoto às pessoas ao seu redor.
Ainda na entrevista à emissora, o líder da Igreja Católica conta que o enfermeiro, “homem com mais de 30 anos de experiência”, foi responsável pela concretização da certeira cirurgia de cólon, enquanto outros profissionais sugeriram apenas um tratamento utilizando antibióticos.
Graças à operação, descobriu-se um quadro necrótico no intestino de Francisco, motivo pelo qual foi necessário remover 33 centímetros do órgão.
Freira italiana desafiou o parecer dos médicos
De acordo com o jornal italiano Il Fatto Quotidiano, além de Strapetti ter organizado a internação e a cirurgia do Santo Padre no Gemelli, ele também foi responsável por acompanhar este importante paciente pelos dez dias de internamento seguintes e durante todo o período de recuperação na Casa de Santa Marta, local onde o Francisco vive na Cidade do Vaticano.
“É a segunda vez na minha vida que um profissional de enfermagem salva a minha vida. A primeira vez foi no ano de 1957”, disse o Papa, referindo-se à cirurgia de retirada do lobo superior de seu pulmão direito quando tinha 21 anos, de acordo com o Instituto Humanitas Unisinos (IHU). Tal procedimento foi necessário devido à presença de três cistos no órgão vital de Francisco.
Naquela ocasião, uma freira italiana desafiou o parecer dos médicos e trocou o remédio do então jovem Bergoglio para curá-lo de uma pneumonia, segundo o IHU. Ainda de acordo com o IHU, o Sumo Pontífice revela que, apesar dessa operação, nunca sentiu fadiga ou falta de ar e nem teve que limitar suas atividades.
Quanto aos hábitos do Papa Francisco após o procedimento no cólon, ele informa na entrevista à rádio COPE: “Posso comer de tudo” e, tomando os “remédios adequados”, manter a agenda lotada.
