Depois que três jovens foram atropelados na porta de uma boate localizada na avenida Isaac Póvoas, em Cuiabá, a Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) deve encomendar um estudo sobre a viabilidade de implantação de um radar na via, no intuito de diminuir a velocidade dos condutores naquele trecho.
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Na madrugada de domingo, por volta das 5h30, um grupo de amigos saía de uma boate quando um carro, em alta velocidade, atingiu a todos. Uma pessoa morreu no local e os outros dois foram encaminhados para uma unidade médica.
Apesar de não figurar entre as avenidas com maior registro de acidentes, esse não foi o primeiro atropelamento com morte registrado no local.
No ano passado, o manobrista da mesma boate morreu depois que foi atropelado por um rapaz de 22 anos. O caso aconteceu porque o motorista teria a intenção de atingir uma terceira pessoa, que pegava a chave do carro com o manobrista. O acusado chegou a ficar mais de 60 dias preso, mas pagou fiança e foi liberado.
Na região, os gerentes de estabelecimentos que trabalham até a madrugada afirmam que a sinalização existente, como faixa de pedestre e semáforos, não é suficiente para controlar os motoristas.
Segundo Sandra Souza, que trabalha com o marido na venda de cachorro quente na praça Clóvis Cardoso há 30 anos, são diversos acidentes que acontecem na região – nenhum, porém, foi tão grave quanto ao atropelamento de domingo.
“Não me lembro de um acidente tão grave, mas a velocidade é um problema lá. Não tanto onde aconteceu o acidente, mas quando eles [motoristas] passam da praça para baixo, ali na região do Hotel Deville, eles aceleram”, comentou.
Para ela, seria necessário implantar um radar entre o semáforo do cruzamento das Avenidas Isaac Póvoas e São Sebastião, e outro mais abaixo do hotel, uma vez que a avenida é uma descida e facilita as imprudências.
“Uma cliente já até sugeriu que colocassem lombadas, para ver se resolve. Mas tem que fazer alguma coisa ali, principalmente perto da praça”, finalizou.
Devido aos inúmeros acidentes na via, a assessoria da Prefeitura confirmou ao LIVRE que deve realizar o estudo para a implantação de um radar na região da boate. Entretanto, acredita que as sinalizações existentes deveriam, sim, ser suficientes para inibir a imprudência dos condutores.
