O diretor geral da Polícia Civil de Mato Grosso, Dermeval Arvechia de Resende, ingressou com uma interpelação criminal para cobrar do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), explicações a respeito de uma declaração pública.
O prefeito acusou o diretor de pressionar os delegados Lindomar Toffoli e Anderson Veiga, ambos lotados na Delegacia Fazendária, a persegui-lo politicamente.
O pedido de interpelação foi protocolado diretamente no Tribunal de Justiça de Mato Grosso em razão do foro por prerrogativa de função, na esfera penal, assegurado aos prefeitos pela Constituição Federal.
O desembargador Gilberto Giraldelli, em despacho publicado no Diário da Justiça que circulou na terça-feira (6), determinou o prazo de 10 dias para o prefeito Emanuel Pinheiro se manifestar.
Em declarações públicas, o prefeito alegou que a estrutura da Polícia Civil de Mato Grosso estava preparada para patrocinar ações políticas contra ele.
Segundo Emanuel, o delegado-geral Mário Dermeval Arvechia de Resende teria pressionado os dois delegados para abrir investigações a respeito de uma denúncia de pagamento de propina aos vereadores de Cuiabá. O objetivo seria assegurar que fosse cassado o mandato do vereador Abílio Júnior, hoje candidato a prefeito.
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Emanuel Pinheiro protocolou uma denúncia na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, mas os deputados jamais convocaram quaisquer dos delegados para esclarecimento. Em ação recente, o prefeito pediu apoio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).