Apoiadores do vereador Tenente-coronel Marcos Paccola (Republicanos) estão na Câmara de Cuiabá, nesta quarta-feira (5), para demonstrar o posicionamento contrário a votação pela perda de mandato político.
Em torno de 40 pessoas estão na galeria para acompanhar a sessão, a qual, para eles é um processo político.
“Entendo que o papel do vereador é legislar e não atuar como Judiciário. Ele foi indiciado, mas não, condenado. O que está acontecendo hoje é uma injustiça”, disse Adolfo Gabriel, o único que se disponibilizou a falar com a imprensa.
Para Gabriel, o pedido de cassação foi uma medida política para tentar impedir que Paccola concorresse no pleito estadual. Nas eleições de domingo (2), o parlamentar teve mais de 8 mil votos.
Marcos Paccola é acusado de quebra de decoro por ter matado a tiros o agente do sistema socioeducativo, Alexandre Myiagawa, durante uma confusão no centro da Capital.
Adolfo conta que foi candidato a vereador em 2020, mas nas eleições deste ano, trabalhou para o parlamentar, na campanha para deputado estadual.
“A prioridade da Câmara hoje deveria ser cuidar do Hospital do Câncer de Mato Grosso (HCan), que corre o risco de fechar os atendimentos para quem mais necessita ou vai deixar acontecer o mesmo que aconteceu com a Santa Casa que passou para gestão estadual?”, completa o rapaz que segura uma faixa “O que mata é a corrupção”.
Preferência pelo silêncio
Familiares e amigos de Alexandre Miyagawa, a vítima, também estão na Câmara. Porém, preferiram não falar com a imprensa nesse primeiro momento.
Apenas coloram no vidro pequenos cartazes pedindo Justiça pelo agente do socioeducativo do Estado.
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