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Aviação agrícola registra recorde de crescimento em MT

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Aviação agrícola registra recorde de crescimento em MT

Alta cobertura, agilidade na aplicação e redução no impacto ambiental. Essas são algumas das vantagens destacadas pelos defensores da utilização da aviação agrícola na aplicação de defensivos na lavoura de Mato Grosso. Apesar de já utilizada em grande escala no estado, as recentes chuvas que assolaram a plantação neste ano geraram um acréscimo de cerca de 40% no uso de aviões, de acordo com dados divulgados pela Agência Nacional de Aviação Civil.

De acordo com o comandante Antônio Carlos, piloto agrícola, o aumento ainda é tímido perante os benefícios deste método de aplicação. Dentre os fatores estão o suposto custo alto e a burocracia que envolve este tipo de aplicação.

“Na verdade, existe uma percepção errada de que a pulverização com aviões tem o custo elevado. Levando-se em conta o investimento na compra de um trator, que é em média R$ 700 mil reais e dura uns 10 anos, ele custa R$ 70 mil ao ano – mais o custo com o diesel, operador de máquina e as perdas com o esmagamento da plantação terrestre. Para o cultivo de soja e milho, serão 10 aplicações por lavoura de mil hectares, então o trator custa mais de R$ 180 mil por safra. Já com o avião, 10 aplicações que são o suficiente por lavoura, saem em média R$ 180 mil, isso sem levar em conta a agilidade com que é feita a aplicação e sem custos adicionais, já que estamos falando de uma terceirização”, explicou.

Além de ultrapassar a barreira do investimento, a aviação também tem que transpor as barreiras da legislação e burocracias impostas ao setor. O empresário diz que a legislação não é igualitária para o setor, mesmo lidando com os mesmos produtos que o trator.

“Na aviação, o piloto tem que ter o conhecimento de um agrônomo, tem que ter um técnico agrícola e mais um agrônomo acompanhando a aplicação. Já no uso com drones não existe uma legislação, e no uso comum de tratores o operador não precisa ter nenhum conhecimento específico. Intriga pensarmos o porquê desta diferença se o produto é o mesmo”, questionou.

Já adepto da aplicação por meio da aviação, o agricultor em Sorriso, Diego Paiva, defendeu os benefícios da modalidade. “Se colocarmos tudo na ponta do lápis, não dá para comparar um sistema de pulverização com o outro, uma vez que o uso de um avião gera maior economia em praticamente todos os estágios da aplicação dos produtos que uso durante a safra. Só por evitar perda por esmagamento, por exemplo, praticamente pago a aplicação toda, fora que evito o desgaste de outros equipamentos da propriedade, cujo preço, hoje, pode passar de R$ 1 milhão”, ressaltou.

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