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Apenas 25% dos jovens de 18 a 30 anos têm controle sobre suas finanças

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Apenas 25% dos jovens de 18 a 30 anos têm controle sobre suas finanças
(Foto: Reprodução)

Não saber por onde começar, não conseguir manter um hábito e até a simples falta de dinheiro ou mesmo a preguiça. Esses são os fatores que levam 47% dos jovens da chamada Geração Z a não ter um controle de seus gastos.

São pessoas com idade entre 18 e 25 anos que, segundo a economista-chefe do SPC Brasil Marcela Kawauti, já acumulam um endividamento recorde.

“As principais dívidas são as tradicionais e o cartão de crédito ainda é muito presente. Vale lembrar que, nessa fase da vida, o cartão de crédito provavelmente é usado para pagamento de contas do dia a dia”, destaca Marcela.

“Então, esse jovem também se endivida com coisas que ele não deveria pagar a prazo, e sim à vista”.

A estudante de publicidade Jhulia Costa, de 18 anos, que mora em São Paulo e começou a fazer estágio, tem um cartão de crédito com limite que ela própria considera alto. As consequências foram compras parceladas que Jhulia não conseguiu pagar. A dívida rapidamente passou de R$ 900 para R$ 1,5 mil.

“Eu saí comprando roupa, coisas para cabelo…”, lembra a estudante. “Agora vou ter que sentar e fazer uma planilha de gastos, para ver o que consigo cortar no momento. Estou me controlando, já deixei o cartão, bloqueei, cancelei tudo”.

Pagar tudo com o cartão de crédito é o maior dos problemas dessa geração (Foto: Reprodução)

Controle tecnológico

Para Marcela Kawauti, a falta de educação financeira é o grande problema. Ela faz com que até os jovens, que têm maior “apetite por tecnologia”, ignorarem estratégias inovadoras, como os inúmeros aplicativos de controle de gastos que surgem praticamente todos os dias.

Um serviço por aplicativo, inédito no Brasil, por exemplo, antecipa o salário dos dias trabalhados, mediante acordo prévio com a empresa. O valor cai direto na conta do usuário.

E não há cobrança de juros, apenas uma tarifa de R$ 9 para receber antes qualquer valor.

Empresas desse tipo são comuns nos Estados Unidos e estão chegando ao Brasil. Uma delas é a Xerpay que tem o americano John Delaney como diretor de operações em São Paulo.

Ele sustenta que é mais vantajoso antecipar o salário a fazer um empréstimo, que vai cobrar juros, para quitar uma dívida.

“E também tem a questão da inadimplência: se você não pagar o valor devido, acaba tendo mais encargos e multas e despesas”.

O SPC Brasil recomenda aos jovens colocar a vida financeira como prioridade, ou seja, aproveitar esse período da vida em que os boletos a pagar ainda não são tantos assim.

“Anotar todos os gastos e toda a renda que ele tem, direcionar esses gastos ao pagamento da dívida. É importante que a dívida seja paga o quanto antes para evitar cobrança de juros”, ressalta a empresa.

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