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Apanhamos de todo mundo. Até a Gisele Bündchen entrou na lista.

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Apanhamos de todo mundo. Até a Gisele Bündchen entrou na lista.

Lemos quase diariamente artigos sobre a questão climática e ambiental do planeta, geralmente com viés catastrófico, que acabamos ficando convencidos que não haveria mais nada para ser questionado e que tudo já seria a verdade em definitivo.

Isto ocorre também com a questão ambiental da agropecuária brasileira.

A opinião pública internacional e as ONGs ambientais decidiram que o Brasil destroi cada vez mais as suas florestas por ação direta e predatória da agricultura e da pecuária. Esquecem-se de dizer que temos 63% da nossa área original preservada e que cada propriedade é obrigada a preservar de 20 a 80% da sua área nativa.

Apanhamos de todo mundo. Até a Gisele Bündchen entrou na lista.

Para irmos ao céu ambientalmente,, teríamos que retornar ao sistema orgânico e agroflorestal de produção de alimentos. Nada contra a produção orgânica.

No mês passado agendei uma venda de gado para um frigorífico com o qual ainda não tinha negociado.

Para minha surpresa, em função de exigências de ONGs ambientais, tive que juntar mapas, documentos e assinar declarações, para provar que meus animais não foram criados em uma propriedade ambientalmente predatória.

Chegamos ao ponto de ter que provar que não somos bandidos para poder vender o nosso gado.

Não estou culpando nenhum frigorífico. Tenho consciência que se não acatarmos estas exigências, ficaremos impedidos de exportar.

Porém, que interesses escusos haveria em quem nos acusa de grandes destruidores da natureza apesar de termos 63% da nossa área nativa preservada?

Os fatos provam o contrário. As técnicas hoje utilizadas na produção de grãos, como o plantio direto e a agricultura de precisão, estão promovendo, além do aumento de produtividade, um acúmulo de carbono no solo, uma redução no uso de fertilizantes, economia de óleo diesel em função do cultivo mínimo e uma total infiltração das águas pluviais que é o maior indicador de uma agricultura corretamente conduzida.

Nos EUA os ruralistas defendem com unhas e dentes seus interesses. Possuem organizações que tem como lema “ Farms here, forests there”, isto é, “Fazendas aqui, florestas lá”. Sustentam com dinheiro e influencia politica os greenpeaces do mundo.

Quase no país inteiro temos condições climáticas de produzir duas safras anuais. Com o advento da irrigação teremos possibilidades de produzir três safras. Esta situação é inédita em quase todo planeta.

Os países do hemisfério norte, só conseguem produzir uma safra.

Vamos sim, incomodar muita gente.

O Brasil vai se tornar inexoravelmente no maior produtor e exportador de alimentos do mundo.

A intensificação da pecuária de corte pelo uso de novas tecnologias irá liberar milhões de hectares de pastagens para a agricultura.

Nas próximas décadas estaremos, no mínimo, duplicando nossa produção agropecuária, sem qualquer desmatamento ilegal e conservando ambientalmente as áreas utilizadas no processo produtivo.

É bem provável que sejamos hoje um dos campeões mundiais da preservação do meio ambiente.

*Arno Schneider, é engenheiro agrônomo e pecuarista

 

 

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