Depois de muito farejar e contribuir para inúmeras apreensões ao lado de agentes da Polícia Federal desde 2016, a cadela de detecção de entorpecentes Kyra realizou sua última jornada como cão policial na tarde da última segunda-feira (6), durante mais uma fiscalização de combate ao narcotráfico.
Em vistorias realizadas na BR-364, ela participou da ação que culminou na prisão de uma mulher que transportava três tabletes de cloridrato de cocaína de Cuiabá (MT) até Mineiros (GO). O entorpecente foi identificado em uma mochila transportada no bagageiro superior de um ônibus que fazia a linha Cuiabá/Rio de Janeiro.
Segundo a PF, a fiscalização derradeira de Kyra coroa uma carreira de êxitos na instituição, em especial o ano de 2017, em que esteve presente em ações repressivas que permitiram a interceptação de aproximadamente duas toneladas de drogas. “Missão cumprida, a cadela, aos oito anos, agora pendura o focinho e parte para a tão merecida aposentadoria”, diz trecho do comunicado enviado à imprensa.
Filhos de farejadores, farejadores são
A instituição fez questão de lembrar que Kyra deixa um histórico de tarefas bem-sucedidas ao longo de suas jornadas policiais, e também valiosos presentes que continuarão a contribuir no combate ao tráfico de drogas no país: os cinco filhotes, frutos do cruzamento com Harley, outro cão farejador.
A ninhada faz parte do programa de reprodução de cães do Serviço de Canil Central (Secan/PF), em Brasília (DF), onde os filhotes recebem o treinamento de obediência e introdução de odores, antes de serem enviados às unidades onde efetivamente trabalharão.
A Delegacia da Polícia Federal em Rondonópolis (MT) será uma das unidades agraciadas com um de seus filhotes, recebendo a partir do dia 17 a cadela Dea, que dará continuidade ao legado dos pais em ações policiais em Mato Grosso.
Enquanto isso, Kyra que hoje está com oito anos, usufruirá a aposentadoria em um sítio em Rondonópolis, onde uma veterinária será a nova guardiã. “O ambiente agitado das cidades, rodoviárias, aeroportos e rodovias foi trocado pela calmaria da vida no campo. A farejadora agora irá descansar e curtir a natureza, prometendo deixar por onde passou muitas saudades”, finaliza o texto.