O gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Gustavo Mendes Lima, afirmou ainda haver espaço para a aprovação e liberação da importação da vacina Sputnik V, desenvolvida na Rússia.
A declaração foi dada nesta terça-feira (27). Um dia antes, a agência reguladora rejeitou o pedido de nove estados para a aquisição da vacina.
Para a decisão, a Anvisa alegou faltar dados técnicos e pendências na documentação apresentada pelo fabricante para verificar se a vacina é segura e eficaz.
A autorização da importação pode beneficiar Mato Grosso, que anunciou a compra de 1,2 milhões de doses.
Além de Mato Grosso, Bahia, Acre, Rio Grande do Norte, Maranhão, Piauí, Ceará, Sergipe, Pernambuco e Rondônia tiveram os pedidos negados. Outros Estados e municípios têm pedidos pendentes. Ao todo, esses pedidos somam 66 milhões de doses, que poderiam vacinar cerca de 33 milhões de pessoas, por meio de duas doses.
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A Anvisa pode rever a decisão?
De acordo com o gerente-geral, a Anvisa pode rever a posição se conseguir acesso às informações técnicas que considera que faltam. Essa mudança pode ocorrer na avaliação de pedidos de importação pendente da Sputnik.
“Os pedidos de importação excepcional, os que não definimos ontem, estão em aberto e também o pedido para autorização para uso emergencial. Então, existe espaço para a entrada [da vacina]. As portas não estão fechadas. Além disso, toda as decisões da Anvisa são passíveis de recurso”, disse.