O conselheiro Antonio Joaquim anunciou que desistiu de se candidatar nas eleições deste ano. Afastado do Tribunal de Contas do Estado (TCE) desde setembro de 2017, ele esta com a aposentadoria suspensa desde então.
A informação foi confirmada pela assessoria do conselheiro, que afirmou que a demora na aposentadoria motivou a desistência.
Em vídeo enviado em grupos de WhatsApp, ele afirma que ficou inviabilizada a candidatura ao governo. “Eu preciso recompor a vida voltando a ser conselheiro e eu me imponho o silêncio como político. Até agora eu podia falar, porque estava com o pedido de aposentadoria, mas pedi para suspender o pedido. Então, me despeço desse grupo”, disse.
Antonio Joaquim havia definido que iria se filiar ao PTB para tentar construir uma candidatura ao governo estadual. O conselheiro responsabilizou o governador Pedro Taques (PSDB) pela situação, por ter se recusado a homologar o pedido de aposentadoria e enviado o processo ao Supremo Tribunal Federal (STF).
A assessoria destacou que o pedido de aposentadoria foi protocolado no TCE em 12 de setembro de 2017 e recebeu parecer favorável, com base em 37 anos de recolhimento previdenciário e idade superior à mínima estabelecida pela legislação.
Nesses seis meses, Antonio Joaquim participou de várias discussões a respeito da hipótese de ser candidato, tendo, ao mesmo tempo, apresentado recurso no STF, buscando, sem sucesso, acelerar a decisão, considerando o prazo limite de filiação partidária, que se encerra no dia 7 de abril.
Antonio Joaquim afirmou que é “vítima de uma dupla violência jurídica”, por ter sido afastado do TCE em processo “sem nenhuma materialidade ou prova”, e também pela judicialização da aposentadoria. Ele disse que governador Pedro Taques “ficou com medo de um enfrentamento nas eleições”.
O conselheiro se disse vítima, pois o governador Pedro Taques também foi citado em delações mas não foi denunciado pelos procuradores da República Rodrigo Janot e Raquel Dodge.