A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) realizará um trabalho de monitoramento da presença de alunos em sala de aula em 2022 e, neste processo, o órgão pretende identificar faltosos e encaminhá-los para a sala de aula.
A informação foi divulgada pelo secretário Alan Porto perto do início do ano letivo, marcado para o dia 7 de fevereiro na modalidade presencial. Este ano, a Seduc optou por manter o formato retomado em outubro do ano passado, sem a opção do modelo híbrido (presencial e remoto). A justificativa é que as escolas são ambiente seguro contra o contágio pelo novo coronavírus.
“Se a gente verificar que os alunos não estão indo ou que está tendo qualquer tipo de evasão, a nossa equipe estará preparada para orientar as escolas de como fazer a busca ativa, entender qual é a dificuldade que aquela família está passando para levar o aluno para a sala de aula”, afirmou o secretário em entrevista à rádio Capital.
Os problemas da pandemia
O ensino público lida com dois problemas causados pela suspensão das aulas no primeiro ano da pandemia. A evasão escolar aumentou em torno de 20% com a desistência de mais de 76 mil estudantes da vida escolar e houve queda no rendimento dos alunos matérias primárias do currículo, como português e matemática.
O primeiro problema está longe da resolução, se considerados os números de matrículas em aberto em 2021 e 2022, até a semana passada. No ano passado, a quantidade ficou acima de 50 mil e, neste ano, acima dos 48 mil.
Quanto à queda no rendimento, a Seduc planeja aumentar a aprendizagem com acompanhamento bimestral dos estudantes. Uma avaliação curricular deve ser realizada a cada fim de período e os alunos muito abaixo da média terão aulas de reforço.
Há algumas semanas, o governador Mauro Mendes admitiu que há resistência de alguns pais de enviar os filhos para as escolas por causa do aumento no contágio diário e pelo da gripe H3N2. Ele disse que essas reclamações são “atípicas”.