Comportamento

Amor em tempos de covid-19: casais assinam contrato de namoro na quarentena

No documento, o casal confirma o vínculo emocional, mas deixa claro que não quer constituir família, nem dividir os bens

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Amor em tempos de covid-19: casais assinam contrato de namoro na quarentena

A pandemia de covid-19 fez com que muitos casais de namorados decidissem dividir o mesmo teto. A decisão pode trazer inúmeros benefícios, como divisão das contas e a presença do namorado ou namorada. Por isso, a busca por “contratos de namoro” aumentou durante a quarentena.

Trata-se de um contrato em que a partes expressam suas intenções sobre a relação amorosa. No documento, o casal confirma o vínculo emocional, que não pretende constituir família e, o mais importante, não dividirá os bens.

A prática já existe há algum tempo. Durante a pandemia, entretanto, a procura pelos “contratos” aumentou.

“Não digo só por mim, mas pelos colegas que falam da demanda também”, comenta a advogada Amanda Sodré Piona,

O perfil de quem procura os contratos, segundo ela, é de casais mais maduros, que já foram casados e possuem herdeiros.

Os casais que optam pelo recurso do “contrato” pensam no futuro: em caso separação ou de morte, segundo a advogada.

“Depois que o casal passa a coabitar pode-se ter uma discussão se era, ou não, uma união estável. E, como se sabe, a coabitação já não é requisito essencial para ser caracterizada a união estável. A ideia central é afastar a comunicabilidade patrimonial em caso de separação ou morte de um dos pares”, explica.

(Divulgação)

Segurança patrimonial

A ideia é que o contrato traga segurança patrimonial ao casal. Esse é o exemplo de uma cliente de Amanda, que prefere ser identificada apenas como Célia.

“Na verdade foi meu namorado quem pediu. No começo achei estranho, mas depois entendi que era o melhor para proteger os nossos filhos. Tenho um filho do primeiro casamento e ele tem dois. Não moramos juntos, mas estamos passando a quarentena na casa dele”, conta Célia.

Ela e o parceiro assinaram o documento em maio. O casal está junto desde janeiro. “Meu namorado é concursado e quer deixar a pensão para os filhos. Acho que ele está certo”, comenta.

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