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Amamentação diminui o risco de câncer de mama, alerta especialista

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Amamentação diminui o risco de câncer de mama, alerta especialista

O Centro de Pesquisas para o Câncer da Grã-Bretanha divulgou, há mais de 15 anos, que um ano de amamentação equivale a redução em 4,3% do risco de contração do câncer de mama em mulheres. Entretanto, ainda nos dias de hoje, são poucas as pessoas que sabem da relação existente entre o ato de amamentar e a prevenção à doença.

Ginecologista, obstetra e mastologista do Hospital Infantil e Maternidade Femina, Fernanda Monteiro Siqueira Juveniz explica que o câncer de mama está relacionado à exposição do organismo ao hormônio feminino, o estrogênio, e consequentemente à ovulação.

A ausência de ovulação leva o ovário a estar em “descanso” e a não produzir hormônios em grande quantidade.

“Em muitos dos casos considerados fatores de risco – como a menstruação precoce ou menopausa tardia – a mulher ovula por mais tempo e está demasiadamente exposta ao estrogênio; por isso, crescem as chances de se ter um câncer de mama”, reforçou.

Conforme esclarece a especialista, uma mulher grávida não ovula e, durante a amamentação, são menores as chances de ovular. Logo, ter filhos e amamentá-los por bastante tempo é benéfico, entre outros fatores, por oferecer menos estrogênios circulantes no organismo.

A ginecologista alerta que, no entanto, a interrupção da menstruação por meio de métodos anticoncepcionais não estabelece relação com a redução percentual do risco de câncer de mama.

“Não ovular em razão da gravidez ou amamentação é diferente de não ovular em função do uso de um anticoncepcional – que, para além dos hormônios que já circulam no organismo da mulher, fornece mais hormônios”, destacou.

FATORES DE RISCO 

Dentre os pacientes pertencentes ao grupo de risco do câncer de mama, estão mulheres, mulheres idosas e pessoas com histórico familiar positivo em parentes de primeiro grau que viveram o diagnóstico antes dos 50 anos ou nas duas mamas (câncer bilateral) – nos últimos casos, inclusive, é indicado que o acompanhamento pela mamografia se inicie dez anos antes da idade em que a pessoa familiar foi diagnosticada.

Menstruação precoce, menopausa tardia, a ausência de gestação e de amamentação e a terapia de reposição hormonal também são fatores estatísticos que aumentam o risco de câncer de mama. Já pacientes com menos de 40 anos devem se precaver por meio de consultas anuais ao ginecologista e do autoexame mensal.

 

Com Assessoria

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