Cuiabá

Alunos de Medicina ficam fora da lista de vacinação contra a covid-19

Estudantes estão atuando nas unidades de saúde de Cuiabá e alegam que foram excluídos por não serem remunerados

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Alunos de Medicina ficam fora da lista de vacinação contra a covid-19
Foto: Ednilson Aguiar/O Livre

Os alunos de Medicina da Universidade Cuiabá (Unic) estão reivindicando o acesso a vacinação contra a covid-19. O pedido é, principalmente, para os acadêmicos que estão atuando nas unidades de saúde da Capital.

Segundo o presidente da Sociedade Acadêmica Médica de Mato Grosso (SAMMT), Janderson Botelho Fonseca Júnior, o grupo foi excluído do processo de imunização pela Secretaria Municipal de Saúde. A justificativa é que eles não estão entre os profissionais remunerados.

A denúncia foi feita por Fonseca Júnior nas redes sociais. Ele argumenta que estudantes de outras instituições, como a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e do Centro Universitário de Várzea Grande (Univag), foram vacinados.

No caso deles, o diretor das unidades fez um documento atestando que eram funcionários, recursos não autorizado aos interno do Hospital Geral Universitário (HGU), que também atuam em unidades públicas por conta da grade de ensino.

Internos atuam no HGU e em unidades públicas de saúde (Foto: Ednilson Aguiar/ O Livre)

A situação, conforme o presidente da SAMMT, causa preocupação para quem precisa estar nos locais, porque o trabalho, apesar de não ser remunerado, é obrigatório para a conclusão do curso.

E, nesses espaços, há o contato direto com doentes, sendo que o HGU, por exemplo, é uma das referências para o tratamento da covid-19.

Ele questiona ainda o motivo de outros profissionais da saúde, que sequer têm o contato diários com os pacientes, já terem recebido a dose da vacina.

“Vacina que veterinários, funcionários de serviços de saúde eletivos, como consultórios particulares de psicologia (que têm atendido via videoconferência), ou nutrição clínica (que não atende pacientes hospitalizados, somente consultas marcadas), ou profissionais de Educação Física, que dão aulas particulares ou em academias receberam”, relata na denúncia.

O que diz a Secretaria de Saúde?

A Secretaria Municipal de Saúde informou, por meio de nota, que a medida segue os protocolos estabelecidos pelos Ministério da Saúde.

“Sobre a priorização dos grupos a serem imunizados contra o coronavírus, a Secretaria Municipal de Saúde esclarece:

  • Todo o trabalho da campanha de vacinação está sendo realizado com transparência e seguindo rigorosamente o Plano Nacional de Imunização – PNI e os informes técnicos do Ministério da Saúde
  • Segundo o Ofício Circular nº 33 do Ministério da Saúde divulgado nesta segunda-feira (08) a priorização de grupos populacionais para a vacinação foi necessária diante do contexto de não disponibilidade imediata de vacina para todos os grupos suscetíveis à doença, de forma que estão sendo priorizados primeiramente os grupos de maior risco para agravamento pela doença caso venham a se infectar.
  • Mediante o grande número de vidas ceifadas pela Covid-19 é necessário preservar a força de trabalho para manutenção dos serviços de saúde. E, em seguimento, vacinação das populações de maior vulnerabilidade e exposição aos impactos da pandemia e dos trabalhadores dos serviços essenciais.
  • A disponibilidade de vacinas ainda não está com cronograma regular de acordo com o Ministério da Saúde, desta forma, está sendo utilizada a estratégia de etapas dos grupos prioritários com base na quantidade de doses entregues pelos laboratórios produtores. As doses são enviadas às Unidades Federativas, conforme disponibilidade, para grupos previamente definidos.
  • Importante ressaltar que não seguir a ordem priorizada pelo PNI pode acarretar na falta de vacinas para os grupos de maior risco de adoecimento e óbito pela covid-19.
  • Uma vez que nas primeiras etapas da campanha nacional de vacinação não foi possível cobrir 100% dos trabalhadores da saúde o PNI orientou vacinar primeiramente os trabalhadores que estiverem em unidades de atendimento à Covid-19, porém, ficou facultado às Unidades Federativas definirem em esfera biparte essa estratificação de acordo com suas respectivas realidades locais”.

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