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Alta dos combustíveis: 4 mil desistem de ser motorista de app na grande Cuiabá

Faturamento diário nos últimos meses caiu de R$ 230 para R$ 180 e desse valor ainda é preciso descontar o valor para encher o tanque

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Alta dos combustíveis: 4 mil desistem de ser motorista de app na grande Cuiabá
Imagem ilustrativa

Você está esperando mais tempo pela chegada do motorista de aplicativo? A demora tem a ver com as altas consecutivas dos preços dos combustíveis. Profissionais estão desistindo da prestação do serviço particular. 

Conforme o presidente da Associação dos Motoristas por Aplicativos de Mato Grosso (AMA-MT), Cleber Cardoso, o lucro está escasso e o serviço, que ainda estava se recuperando paralisação das atividades no ano passado, foi surpreendido novamente, uma vez atrás da outra, pelas as correções dos preços da gasolina e do etanol.

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“Além da paralisação no ano passado, agora estamos passando por uma situação que nem imaginávamos. Abastecer com gasolina não é uma opção para os motoristas de aplicativo, senão ele vai trabalhar só para rodar o carro”, disse. 

Segundo Cardoso, desde maio de 2020, cerca de 4 mil motoristas desistiram dos aplicativos só na região metropolitana de Cuiabá. O motivo está nos números. O faturamento diário nos últimos meses caiu de R$ 230 para R$ 180 bruto para cada 12 a 15 horas trabalhadas.  

Dessa quantia, cerca de R$ 85 são gastos a cada 180, 200 km rodados para reabastecimento do tanque. Ainda entra no cálculo de despesas o percentual dos administradores de aplicativos. 

A desistência de 4 mil prestadores de serviço é descontada do grupo 10,5 mil motoristas que circulam por Cuiabá e Várzea Grande – mais da metade deles pela Uber ou pela 99 Pop. O reflexo aparece na marcação de tempo que o cliente precisa esperar até que o carro chegue. 

A opção para reduzir os custos tem sido a conversão do carro de etanol ou gasolina para o gás natural veicular (GNV). Conforme Cleber Cardoso, o valor de reabastecimento para cada 200 km rodados é R$ 33. 

E as altas semanais dos preços pela Petrobrás geraram uma corrida pela conversão. Nos postos autorizados a fazer a modificação, a fila de espera já chegou a meados de abril. 

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