Encerra hoje o prazo para que os deputados apresentem as chapas que vão disputar a eleição da mesa diretora da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT).
Nos bastidores, a oposição não tem conseguido se articular para criar uma chapa para contrapor o atual presidente, que tenta sua terceira gestão consecutiva.
Por enquanto, apenas o deputado Eduardo Botelho (DEM), presidente da Mesa Diretora, tenta a reeleição.
Apesar de afirmar que não quer cargo na Mesa Diretora, o deputado Lúdio Cabral (PT) tem criticado a falta de alternância na diretoria da ALMT e tem sugerido que uma chapa alternativa seja articulada.
“Somos 24 deputados estaduais, todos qualificados para o exercício do mandato, e seria muito importante se a gente conseguisse produzir alternância nesses cargos de comando”, defendeu o deputado.
Segundo interlocutores na ALMT, a oposição não tinha conseguido articular chapa contrária a de Botelho até a última sexta-feira (5). A última oportunidade pela tentativa é nesta segunda-feira.
Rito da eleição
A votação será realizada na quarta-feira (10), às 9h da manhã, e será secreta, por meio de cédulas. A nova diretoria deverá obter a maioria absoluta dos votos.
Se na primeira votação não for alcançado o resultado, os deputados deverão realizar uma segunda votação, e será considerada a maioria relativa dos votos.
Todos os deputados deverão estar presentes na ALMT – situação que tem provocado certo desconforto, principalmente porque pelo menos 11 funcionários do Poder Legislativo estão ou já se recuperaram da covid-19.
A recomendação dada aos parlamentares é que permaneçam em seus gabinetes, e que se apresentem ao plenário na medida em que forem chamados para realizar a votação.
A nova diretoria tomará posse em 1º de fevereiro de 2020, e administrará a Assembleia Legislativa pelo biênio 2021/2022.
Com um orçamento de R$ 440 milhões, a ALMT tem aproximadamente mil servidores, sendo cerca de 600 na ativa e 400 entre aposentados e pensionistas.