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Alexandre Taleb: “Imagem pessoal não se resume a boa aparência”

Autoimagem: Alinhado e sempre cordial, Alexandre é o próprio retrato do que ensina a clientes famosos como Roberto Justus e o jogador Kaká

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Alexandre Taleb: “Imagem pessoal não se resume a boa aparência”
(Foto: Suellen Pessetto/ O Livre)

Criar uma identidade pessoal e fazer com que ela seja respeitada vai além do bom corte de um terno.

Para o professor em consultoria de imagem, escritor e “menswear” influencer da Revista Caras, Alexandre Taleb, ser uma pessoa gentil e focada na construção de uma imagem íntegra é o que define o sucesso, principalmente no mundo corporativo.

Estas e outras dicas constam no livro “Imagem masculina – guia prático para o homem contemporâneo”.

A postura e segurança ao expressar a opinião fazem do style inspiration uma referência para homens que buscam reconhecimento no mercado através da imagem.

O traquejo com o público veio de berço. Ainda criança, Taleb já ajudava o pai na loja de tecidos na Rua 25 de Março, em São Paulo. Hoje, faz parte da FipiBrazil – associação inglesa de consultores de imagens onde é relações públicas representante no Brasil.

Com um estilo refinado, Alexandre é responsável por cuidar da imagem do empresário e apresentador Roberto Justus, do jogador Kaká e tantos outros famosos, que são admirados pela forma de se vestir e com uma reputação ilibada.

Alexandre deixa claro que não dita regras e muito menos padrões. Mas dicas valiosas fazem parte da “pastinha’ do que ter no guarda-roupa e o que jamais usar. E acredite: essas dicas podem livrar o homem de muita calça-justa (com o perdão do trocadilho).

“Não dito tendência ou o que usar e deixar de usar, salvo exceções. Sou contra tendência. Mas existem peças coringas que não podem faltar jamais em um closet masculino. Primeiro deles: paletó azul marinho. Segundo coringa: camisa branca que é clássica e salva o visual em qualquer situação. Terceira dica: sempre que for comprar camisa, observar a entretela do colarinho, que deixa a gola rígida e alinhada. Camisas sem a entretela geralmente passam um aspecto desleixado no visual”.

Nesta terça-feira (10), às 19 horas, ele será o apresentador de um talkshow sobre imagem, moda e imagem pessoal na loja New Old, em Cuiabá. [Mais informações no link]

Durante a passagem pela capital para cumprir agenda com outras reuniões e eventos, Alexandre Taleb recebeu o LIVRE para um bate-papo. O presidente do Grupo de Líderes Empresariais (LIDE-MT), Evandro César A. Santos, também estava presente.

1 – Inspira-se em alguém para se vestir?

Alexandre – Eu me inspiro em mim mesmo. Não sigo moda nem ninguém. Construí meu estilo pessoal e isso fez com que eu não me tornasse escravo de um padrão. E é justamente isso que falo nas minhas palestras e para meus clientes. Para não seguir modismo passageiro e terem uma imagem atemporal forte, que prolongue por anos.

2 – Traçando um perfil, você acha que os brasileiros estão desleixados ou mais preocupados com a imagem?

Alexandre – O homem brasileiro é muito conservador e tradicional. E ao longo do meu trabalho descobri que não só os homens, mas as mulheres também são conservadoras e na maioria das vezes são elas que definem a roupa que será usada pelo marido. Compram o que acham que é certo, e não o que o marido precisa passar através da imagem. E fica o alerta, porque é preciso ser fiel ao estilo pessoal.

Um exemplo disso são dois dos clientes que atendo. Roberto Justus e o Kaká. Ambos de estilos distintos. Justus mais tradicional, Kaká mais esportivo, mas ambos querem passar uma imagem que transmita confiança. É isso que precisa ser respeitado.

3 – Você não esconde sua abominação por meias brancas. Existe algo no visual masculino que possa ser pior que as meias brancas?

Alexandre – Sem dúvida as meias brancas devem ser descartadas na hora de compor um visual. A não ser que o homem use para ir à academia ou para praticar algum exercício. Fora isso, jamais! Quem usava meias brancas era Michael Jackson e levou com ele para o túmulo (usando tom brincalhão).

Pior que as meias brancas, só mesmo a peruca. Eu oriento meus clientes a recorrerem ao implante. E hoje no Brasil já existem duas máquinas – uma em São Paulo e outra em Manaus – que fazem um trabalho incrível de implante capilar. Peruca jamais!

4 – Em suas palestras você frisa o quanto a conduta na vida pessoal afeta a imagem. Mas e quando ocorre um deslize e a reputação é abalada? Há meios de contornar?

Alexandre – Quando a imagem é consolidada no mercado, dificilmente será manchada. O histórico de uma boa conduta trabalha a favor nessas horas, e o “trincadinho” logo é esquecido. Mas volto a dizer: desde que se tenha uma boa imagem. E isso leva um certo tempo!

5 – Seus clientes te pedem ajuda para se tornarem mais atraentes?

Alexandre – Homens recém-separados e inseguros na hora da paquera vêm crescendo. E isso me impressiona. Querem resgatar a jovialidade, voltar a levar uma vida saudável e a se preocupar com a imagem. O que consequentemente traz confiança e autoestima.

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