Um projeto de lei apresentado em conjunto pelos deputados estaduais Max Russi (PSB) e Eduardo Botelho (DEM) prevê o retorno parcial do público nos estádios de futebol de Mato Grosso.
Agora, a proposta será submetida a análise da Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia e Desporto bem como pela de Constituição e Justiça antes de ser submetido ao plenário para aprovação dos 24 deputados estaduais .
De acordo com a proposta, a abertura dos estádios de futebol à retomada do público será lenta, gradual e devidamente planejada obedecendo aos critérios de vigilância sanitária para evitar a disseminação do coronavírus (Covid-19).
Botelho ainda condicionou o retorno do público aos exames de diagnóstico para Covid-19.
“Precisamos voltar, de forma gradual, a frequentar os estádios, desde que seja dada essa garantia de teste negativo de covid-19 ou que esteja imunizado. Espero que seja apreciado em regime de urgência, para que possamos votar até amanhã e encaminhar ao governador para que sancione e vire lei. É uma discussão que precisamos começar e, podemos sim, começar por Mato Grosso”, disse.
Atualmente, Mato Grosso conta com o Cuiabá Esporte Clube na primeira divisão do futebol brasileiro.
A única partida até o momento na elite do futebol brasileiro foi contra o Juventude do Rio Grande do Sul no dia 29 de maio. A disputa realizada na Arena Pantanal terminou empatada pelo placar de 2 a 2.
Cuiabá ainda tem sediado partidas da Copa América de Futebol. O evento é realizado pela Conmebol que tem proibido a presença de público como medida de prevenção sanitária.
Regras para o público
Pelo projeto de lei, a abertura deverá ocorrer mediante protocolos estabelecidos para zelar pela saúde física e mental dos participantes. As medidas de segurança serão determinadas entre os times de futebol e a administração local, envolvendo os setores de Segurança Pública, Saúde e outros necessários para a implementação e fiscalização.
Dessa forma, o público interessado deverá cumprir os seguintes critérios: exame RT-PCR negativo, realizado no máximo 48 horas antes do evento ou comprovante de vacinação, sendo dose única ou duas doses, a depender do imunizante recebido. Além disso, o retorno do público não poderá exceder 35% da capacidade do estádio.
Receita aos clubes
Um dos trechos do projeto de lei diz que desde o reconhecimento da pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em março de 2020, quando os campeonatos estaduais e a Copa da Libertadores foram paralisados, para conter a proliferação do coronavírus, os clubes de futebol amargam com perdas de receitas, sem a comercialização de ingressos, de camarotes e cadeiras cativas, além da venda de alimentos e bebidas em dia de jogos.
“Abrir os portões é importante para minimizar o prejuízo dos clubes. Embora, seja necessário ressaltar que a abertura, no primeiro momento, seja de até 35% da capacidade, podendo aumentar esse volume posteriormente, conforme a variação da curva epidemiológica; taxa de ocupação de leitos clínicos e de UTI”, diz trecho do projeto, que terá que ser condicionado à liberação da Confederação Brasileira de Futebol – CBF.