Tecnologia e Inovação

Ainda não há previsão para chegada do 5G em Cuiabá

O que usuários estão vendo na tela do celular e a indicação de uma "versão preliminar", que está muito distante do potencial máximo do serviço

4 minutos de leitura
Ainda não há previsão para chegada do 5G em Cuiabá

Tem gente em Cuiabá que já viu no cantinho da tela do celular a indicação de rede 5G. No entanto, a Agência Nacional de Telecomunicação (Anatel) informa que nem tudo que reluz é tecnologia e este serviço ainda não tem previsão de chegar na Capital mato-grossense.

O que muito clientes ávidos pela mudança estão vendo é uma espécie de “versão preliminar”. Já que para o 5G atingir sua potencialidade máxima é preciso a liberação da faixa de frequência 3,5 GHz, o que ainda não aconteceu.

Então, muitas empresas estão fazendo “testes” em outra faixa de frequência.

A Anatel usa o termo “versão preliminar” para as versões que não são 5G Stand Alone (a mais moderna), como o 5G DSS e o 5G Non Stand Alone. Nessas versões anteriores, o 5G ainda depende de funções da rede 4G, o que pode propiciar melhor experiência ao usuário, mas ainda não é suficiente para atender todas as potencialidades do 5G.

O uso do 5G com sua potencialidade máxima se dará a partir da liberação para uso na faixa de 3,5 GHz. Isso porque na faixa de 3,5 GHz foram licitados blocos de radiofrequências com maior largura de banda (até 100 MHz) em relação às faixas anteriores.

Além disso, na faixa de 3,5 GHz existe a obrigação da instalação do 5G no padrão mais moderno existente, o Padrão Stand Alone (SA), Release 16, do 3GPP.

O 5G SA é uma rede completamente nova, independente do 4G, que, além da melhoria na velocidade da banda larga, atende aos conceitos de URLLC (do inglês Ultra Reliable Low Latency), que possibilita aplicações como cirurgia a distância e carros autônomos, e mMTC (do inglês massive Machine Type Comunication), que permite aplicações como internet das coisas e cidades inteligentes.

Não há impedimento para que as prestadoras utilizem o 5G SA em outras faixas de frequências, no entanto essa obrigação existe apenas na faixa de 3,5 GHz.

No padrão de 5G SA a ser utilizado na faixa de 3,5 GHz as taxas de pico podem ser até 20 vezes superiores e a velocidade experimentada pelo usuário será, em média, 10 vezes superior.

Quem são os primeiros?

Conforme o edital de implantação do 5G, a partir do dia 29 de agosto, as capitais e o Distrito Federal começam a ter a possibilidade de acessar o serviço desde que as exigências técnicas para tal sejam cumpridas.

A Entidade Administradora da Faixa (EAF – Siga Antenado) conseguiu antecipar o prazo em alguns locais por conta da liberação da faixa. O Distrito Federal teve a liberação do 5G a partir de 6 de julho e as cidades de cidades de João Pessoa, Belo Horizonte e Porto Alegre a partir de 29 de julho. Em São Paulo a liberação ocorreu 04 de agosto.

Rio de Janeiro, Curitiba, Goiânia e Salvador são as próximas cidades em que a EAF está trabalhando na liberação, mas não há como precisar uma data para oferta do serviço ainda.

(Foto: Reprodução)

O que é preciso para se ter 5G?

De acordo com as regras do Edital do 5G, o início do uso pode ser antecipado caso sejam atendidas as condições necessárias, que consistem no início das atividades associadas à migração das parabólicas para a banda Ku (campanha de comunicação e distribuição de kits) e na conclusão das atividades associadas à desocupação da faixa de 3.625 MHz a 3.700 MHz e à mitigação de interferências na faixa de 3.700 MHz a 4.200 MHz.

Essas atividades são realizadas pela EAF (“Siga Antenado”), entidade criada para isso por determinação do Edital 5G. A ordem de execução dessas atividades segue critérios técnicos e logísticos, definidos pela EAF (“Siga Antenado”), que permitam cumprir a data definida no Edital 5G.

Leia também:

Use este espaço apenas para a comunicação de erros




Como você se sentiu com essa matéria?
Indignado
0
Indignado
Indiferente
0
Indiferente
Feliz
0
Feliz
Surpreso
0
Surpreso
Triste
0
Triste
Inspirado
0
Inspirado

Principais Manchetes