Quase 100 bilhões de litros. Esse é o volume de água tratada e distribuída pela rede pública de abastecimento às comunidades de Cuiabá no ano de 2020. O volume total de 98 milhões de metros cúbicos de água (o equivalente a 98 bilhões de litros ou a 39,2 mil piscinas olímpicas), ainda mais expressivo num ano marcado pelo combate à pandemia, é 8% maior que o registrado em 2019. Incremento impulsionado pela entrada da nova Estação de Tratamento de Água (ETA) Sul nas operações de saneamento na Capital de Mato Grosso e por medidas de combate a perdas na rede pública de distribuição da Capital.
A ampliação na oferta de água aos mais de 200 bairros da área urbana e às comunidades rurais de Nossa Senhora da Guia, Sucuri, Aguaçu, Coxipó do Ouro e Pequizeiro (na divisa com o município de Santo Antônio de Leverger) é um dos indicadores que refletem os ganhos em saneamento numa das cidades mais antigas do Brasil.
O resultado em escala operacional passa por investimentos robustos consolidados desde 2017, quando a Águas Cuiabá, empresa controlada pela Iguá Saneamento, assumiu os serviços de água e esgoto na cidade. Já foram injetados na cidade mais de R$ 500 milhões, sendo R$ 205 milhões em melhorias no serviço de tratamento e fornecimento de água. As cifras incluem a substituição de redes e a construção de uma nova estação de tratamento, considerada uma das maiores obras de engenharia do país, com capacidade de tratar 65 milhões de litros de água por dia.
O restante do montante foi investido, majoritariamente, na expansão da cobertura de esgoto, que terá em 2021 um novo ciclo de frentes de obras na cidade, conforme antecipa a concessionária. Termo firmado com a Prefeitura Municipal de Cuiabá prevê a ampliação da cobertura de esgotamento sanitário para o patamar de 91% ao final do ano de 2024. De 2017 para 2020, esse percentual já passou de 51% para 64%.
Qualidade comprovada – Ganho em quantidade e, também, em qualidade. Em 2020, um novo laboratório de qualidade de água foi implantado, junto à ETA Sul. Esses laboratórios fazem, diariamente, um profundo ‘Raio-X’ de qualidade, conferindo segurança ao consumo humano. Ao final do ciclo do uso da água, o efluente processado nas estações de tratamento de esgoto também é analisado antes de seguir seu curso por rios e córregos. Cuidado integral com a comunidade e a sustentabilidade ambiental.
As amostras são submetidas a vários testes, com 12 diferentes parâmetros físico-químicos, sendo três bacteriológicos em água. Com esse procedimento técnico, é possível comprovar e acompanhar a qualidade e a eficiência do tratamento. Entre os testes, pode-se constatar ou descartar a presença de microrganismos prejudiciais à saúde, como coliformes e Escherichia Coli, identificar níveis de turbidez (presença de materiais em suspensão), de cloro residual e outras substâncias. Os procedimentos seguem os protocolos do Ministério da Saúde e os resultados são reportados às autoridades competentes, conforme prevê a legislação.
“Num ano tão difícil, marcado pela pandemia, temos o orgulho de dar o nosso melhor em prol da saúde dos cuiabanos. Inovamos, investimos e chegamos ao final do ano com um excelente resultado operacional. Temos em Cuiabá um sistema de saneamento cada vez mais abrangente e eficiente, proporcionando serviços mais modernos, mais qualidade de vida aos moradores e cuidado com os Rios Cuiabá e Coxipó e córregos da cidade. Isso é sustentabilidade integral, como deve ser”, destaca o diretor-geral da Águas Cuiabá, William Figueiredo.
Investimento quatro vezes maior – Em meio ao incansável combate aos efeitos da pandemia, um dado chamou a atenção para os avanços do saneamento em Cuiabá. A Capital mato-grossense se posiciona como a segunda do país em maior volume de recursos aplicados em saneamento por habitante, na ordem de R$ 250,06, atrás somente de Natal (RN), com R$ 250,32). O número é quatro vezes maior que a média nacional, de R$ 62,43 por morador.
O indicador consta de estudo feito pelo Instituto Trata Brasil, organização referência em saneamento no país. Entre as capitais do Centro-Oeste, Cuiabá tem a maior média de investimento por habitante, seguida por Brasília (R$ 88,86), Campo Grande (R$ 80,12) e Goiânia (R$ 53,84). Para efeitos de comparação, a média apresentada pelas cidades da região é de R$ 72,40 por morador. Os dados são referentes aos investimentos registrados no saneamento nas mais diversas localidades brasileiras no ano de 2017 e estão detalhados no Painel Saneamento Brasil, disponíveis no site www.painelsaneamento.org.br.
(Da Assessoria)