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Colheita de soja; safra deste ano será recorde
Depois de dois anos consecutivos de queda, a safra recorde do ciclo 2016/17 puxou o crescimento de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrado nos primeiros três meses deste ano, na comparação com o último trimestre de 2016. Em valores aproximados, o PIB totalizou R$ 1,6 trilhão. O aumento só foi possível devido ao crescimento de 13,4% no PIB da agropecuária. Já a indústria teve expansão de 0,9%, e o setor de serviços fechou estável (0,0%).
As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o levantamento, a agropecuária registrou R$ 93,4 bilhões, a indústria, R$ 291,1 bilhões, e o setor de serviços, R$ 996,4 bilhões.
Supersafra
As más condições climáticas que destruíram mais de sete milhões de hectares em Mato Grosso no ano passado, endividando produtores, fechando postos de empregos e levando à retração de 6,6% no setor, ficou para trás.
Neste ano, as boas condições climáticas e acesso a recursos foram fundamentais para o país colher uma “supersafra” que deve chegar a 232 milhões de toneladas de grãos, aumento de 26% em relação ao que foi colhido no último ciclo. Desse volume, 57,9 milhões de toneladas são produzidas no estado – 25% da produção nacional.
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PIB anualizado
Mesmo com o crescimento de 1% no primeiro trimestre – comparativamente ao quarto trimestre do ano passado – no resultado acumulado nos quatro trimestres terminados em março último (o PIB anualizado) a economia brasileira recuou 2,3% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores.
Esta taxa resultou da contração de 2,1% do Valor Adicionado a preços básicos e do recuo de 4,1% nos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios. O resultado do Valor Adicionado neste tipo de comparação decorreu dos seguintes desempenhos: agropecuária (0,3%), indústria (-2,4%) e serviços (-2,3%).
Empregos no campo
De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) as contratações no campo também voltaram a crescer e superaram as demissões em 14.091 vagas de janeiro e março, uma variação de 0,92%. Neste período ocorre a colheita da soja e muitas vagas temporárias são criadas. Mato Grosso teve aumento de 4,39%.