Agricultoras da Comunidade Capa Mansa, que fica no município de Colniza (1.065 km de Cuiabá) viraram empreendedoras. Para garantir mais uma fonte de renda para a família, elas passaram a extrair o coco do babaçu e produzir farinha com o produto.
Maria Nazaré Oliveira é uma delas. Ela é proprietária de um sítio na região e, por mês, produz mais de 50 quilos da farinha de babaçu. O produto é comercializado a R$ 30 o quilo.
A farinha mais conhecida como pó do babaçu pode substituir o amido de milho para engrossar caldos, sopas e outros.
Além da farinha, o óleo com a extração da amêndoa é feito por R$ 120 o litro.
Na propriedade de 24 hectares, a principal atividade econômica é o cultivo de café e pecuária de corte. A planta que tem no quintal, porém, deu uma nova fonte de renda.
A extração de babaçu tem atraído outras mulheres. A matéria-prima tem virado outros produtos, como chocolate, mingau, biscoitos, bolos, pudins, cremes, cuscuz, massa para panqueca, salgados e outros.
Produção
Na produção da farinha, o coco babaçu é colhido na mata quando está recém caído de maduro de suas palmeiras, que crescem naturalmente nas florestas ou em meio às pastagens, sem receber agrotóxicos ou fertilizantes.
Em seguida, retira-se a casca para deixar os flocos de mesocarpo (uma parte branca e fibrosa que fica entre a amêndoa e a casca) secando ao sol.
Depois da secagem, o mesocarpo é processado, triturado e transformado em farinha.
As cascas do babaçu também podem ser aproveitadas na fabricação de xaxim, estofados, embalagens e adubo orgânico, lenha. As amêndoas, por sua vez, são usadas na alimentação e cosméticos.
(Com Assessoria)