Os advogados e irmãos Paulo Cesar Zamar Taques e Pedro Jorge Zamar Taques podem ser punidos pela seccional de Mato Grosso da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT).
Na denúncia oferecida na semana passada na Operação Bereré, o Ministério Público Estadual (MPE) pede que “seja deferido compartilhamento integral das provas dos autos com a Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional de Mato Grosso, para conhecimento e tomada de eventuais medidas disciplinares de sua alçada em relação aos denunciados que integram a categoria”.
O pedido ainda tem que ser aceito pelo desembargador José Zuquim Nogueira, do Tribunal de Justiça. Paulo e Pedro são investigados por participar de um esquema para desvio de recursos do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran-MT).
Segundo o MPE, eles foram os responsáveis por dar continuidade, durante o governo Pedro Taques (PSDB), ao esquema que teve início em gestões anteriores.
Paulo Taques teria utilizado sua posição como secretário-chefe da Casa Civil, antes mesmo de assumir oficialmente o cargo, para receber R$ 2,6 milhões. Pedro Jorge é acusado de firmar contratos fictícios para receber pagamentos ilegais da EIG Mercados Ltda, empresa investigada.