A mãe de uma jovem, menor de idade, chamou a polícia na noite de sexta-feira (18), em Rondonópolis (212 km de Cuiabá), para denunciar que seu colega de trabalho teria estuprado sua filha. A menina saía para ir ao mercado quando foi abordada por ele.
Segundo o relato no boletim de ocorrências, o homem trabalha em posto de combustível onde a mulher também faz serviços gerais. No mesmo terreno fica uma casa onde a mulher mora, cedida pelo patrão.
De acordo com a mãe, a filha contou que foi ao mercado, atendendo a seu pedido, e que, na porta do estabelecimento, foi abordada pelo homem, que lhe ofereceu R$ 200 para que ela entrasse em seu carro.
A menina, então, entrou no carro e passou a ser vítima de assédio por parte do suspeito que teria passado a mão em seu corpo. Assustada ela pediu que parasse, mas ele saiu com o carro e o levou até sua casa, em outro bairro.
Na residência, segundo a menina, ela gritava por socorro e uma vizinha chegou a aparecer na casa. No entanto, ele a dispensou, dizendo que estava tudo bem.
Então, ele seguiu com o crime, tirando-lhe a roupa e consumando o estupro. A menina relatou que, depois, ele pediu que ela se vestisse, deu-lhe R$ 200 e a levou para casa.
Quando a PM soube do caso, encaminhou a menina para o Pronto Atendimento, onde foi ouvida por uma médica e encaminhada para a Santa Casa, para exame.
Suspeito desmente
Por sua vez, os militares foram até o suspeito, que passou a discordar das informações da menina. Segundo ele, na quinta-feira à tarde, a menina pediu que ele a levasse para a casa do namorado e que, por volta das 19h daquele dia, se encontrou com a menor na frente de um terreno baldio e na presença da mãe dela.
O homem observou que a mulher sabia que a filha tinha lhe pedido carona e que ele a levou até o endereço, onde esperou a menor até às 20h. Depois ela teria entrado no carro e voltado para a casa, no posto onde trabalham.
Ele afirma que deixou a menina ao lado do banheiro e nega que tenha cometido o estupro. Ainda assim, ele foi levado para a delegacia.
Ainda conforme a narrativa policial, consta no sistema da PM que a jovem já tem um BO registrado, na qual afirmou ter sido vítima de outro crime contra a dignidade sexual, ou seja, o estupro, registrado no dia 20 de setembro de 2017.
A jovem ainda passava por exames médicos quando o boletim de ocorrências foi registrado.