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Stênio Ricci, 39 anos, e Piero Vicenzo Parini Júnior, 28, acusados de participar de um “racha” que resultou no atropelamento de três pessoas, responderão pelo suposto crime em liberdade, mediante o pagamento de fiança de 30 salários mínimos, que equivalem a mais de R$ 28 mil.
A decisão é da juíza Maria Rosi, da 8ª Vara Criminal de Cuiabá, que presidiu neste domingo (25) a audiência de custódia de ambos.
Piero foi encaminhando ao Centro de Custódia de Cuiabá, enquanto Stênio foi para a Polinter, até que façam o pagamento da fiança.
Os dois foram utuados pelos crimes do artigo 306 e 308, do Código de Trânsito Brasileiro, tiveram também as CNH suspensas e terão que passar por reciclagem no período de suspensão.
“Estou convencida da materialidade delitiva e indícios de autoria dos apontados”, proferiu a juíza, em sua sentença.
O delegado Cristhian Cabral, da Delegacia de Delitos de Trânsito (Deletran), os havia autuado por crimes previstos em dois artigos da Lei 9.503/97, que institui o Código Brasileiro de Trânsito, afirmando que estavam embriagados e que disputavam “racha”.
Levando em consideração a ficha de consumo de ambos na casa de shows Musiva, afirma que ambos haviam ingerido bebida alcoólica durante a noite e estariam bêbados na hora do acidente. Como se negaram a fazer o teste de alcoolemia, quando foram forçados a fazê-lo, já haviam melhorado.
Testemunhas também apontaram que eles estavam embriagados na hora do acidente.
As três mulheres que foram vítimas do acidente foram levadas ao Pronto-Socorro Municipal na manhã de ontem.
Uma delas, Neide Miralha Teruel, foi transferida do PS para o hospital São Benedito, onde aguarda por uma cirurgia na perna. Ela foi atingida na canela e no pé.
Segundo a família, ao pressentir que seria atingida quando avistava de longe o carro, recuou.
“Poderia ter sido muito mais grave”, ponderou a cunhada, Lúcia Palma. Neide, de 66 anos, esperava o ônibus para ir ao trabalho. A família estava revoltada, pois confirmou tratar-se de um “racha”.
Por sua vez, o advogado de defesa dos motoristas, Rodrigo Marinho, culpou a Prefeitura de Cuiabá, alegando que uma mancha de óleo e desníveis na pista haviam levado Stênio a colidir contra o ponto de ônibus, enquanto Piero apenas teria parado para ajudar o amigo e socorrer as vítimas.