As investigações em relação ao ex-ministro e ex-senador Blairo Maggi, no âmbito da Operação Ararath, devem ser enviadas imediatamente para a Justiça Federal de Mato Grosso, por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão é desta terça-feira (25) e foi unânime entre os ministros da Primeira Turma, que negaram recurso do político.
Blairo Maggi recorria em dois inquéritos, por suposta prática de corrupção e lavagem de dinheiro. Desde outubro de 2018 o ministro Luiz Fux, relator das ações, determinou a remessa das investigações. A decisão foi ratificada em abril deste ano.
Depois que o STF reconheceu a competência da Justiça Eleitoral para julgar crimes comuns conexos aos eleitorais, em março deste ano, Blairo Maggi entrou com pedidos para que a ação fosse remetida para a Corte eleitoral.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) já tinha se posicionado de forma contrária na ocasião em que a procuradora Raquel Dodge alegou que o ex-ministro teria a intenção de apenas “desconstruir” o andamento do caso, num ato de “desespero”.
Em um dos inquéritos, Maggi é acusado de ter negociado uma cadeira do Tribunal de Contas do Estado quando era governador de Mato Grosso. O posto seria o do conselheiro Alencar Soares Filho, que deu lugar a Sérgio Ricardo, conselheiro afastado. No outro, é acusado de obstrução da justiça.
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