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A quem adoras?

Há uma linha tênue entre nossas preferências e a idolatria, para isso é preciso sabedoria, para distinguir quando aquilo a que temos muito apreço ultrapassa o bom senso

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A quem adoras?

No dia 25/03/2019, o clube de futebol brasileiro Grêmio inaugurou uma estátua em homenagem ao atual técnico do time, Renato Gaúcho. O técnico e ex-jogador entrou para a história do clube, tendo o seu nome inscrito na galeria dos seus campeões. A peça foi feita de bronze e possui quatro metros de altura.

O jornal “Lance” ainda teceu detalhes do grande evento mencionando que o “ídolo” estava bem ansioso e emocionado, inclusive verbalizou o seu discurso nas seguintes palavras: “É uma homenagem inesquecível para mim. Mas a maior alegria minha é dar alegrias para nossa torcida. Há uma semana que não durmo. É difícil até as palavras saírem. Se eu já era gremista, imagina agora. Meu sangue sempre foi e sempre vai ser azul”.

Será que realmente o homenageado é um ídolo? Acredito que a maioria dos torcedores entende dessa forma. O dicionário eletrônico “Dicio” descreve o substantivo masculino ídolo da seguinte forma: “Celebridade por quem se tem grande admiração ou a quem se ama apaixonadamente: ele é o ídolo da juventude. Figura, estátua que representa uma divindade que se adora. Pessoa a quem se atribui qualidades divinas ou representação de um ser fantástico, com atributos divinos. Pessoa à qual se prodigam louvores excessivos”.

É necessário tomarmos muito cuidado para não transformar nossas preferências em exagero, neste caso, tachar pessoas que admiramos de “deuses”.

Quando Moisés subiu ao Monte Sinai, recebeu duas tábuas de pedras, escritas pelo dedo de Deus, que são mais conhecidas como os dez princípios básicos para sermos felizes, denominados “Os Dez Mandamentos”. Em seu primeiro mandamento, descreve: “Não terás outros deuses além de mim. Não farás para ti nenhum ídolo, nenhuma imagem de qualquer coisa que haja no céu, na terra, ou nas águas debaixo da terra. Não te prostrarás diante deles nem lhes prestarás culto, porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que castigo os filhos pelos pecados de seus pais até a terceira e quarta geração daqueles que me desprezam, mas trato com bondade até mil gerações aos que me amam e guardam os meus mandamentos”, texto descrito no livro de Êxodo 20.

No livro de Mateus 4, Jesus reforça essa tese, de que a adoração deve ser única e exclusivamente direcionada ao Criador deste universo. Assim, diz: “Adore ao Senhor, o seu Deus e só a ele preste culto”. Observe que quando Cristo disse isso ele estava fragilizado, com fome e no deserto, a fim de demonstrar para você e eu que até em momentos de crise é possível ser fiel aos princípios divinos.

A adoração não pode ser destinada a seres humanos como eu e você. Os nossos pensamentos e sentimentos devem estar conectados com Aquele que nos criou e que cuida de nós. Adorar um indivíduo é afrontar o Deus de todo o universo.

Você até pode depositar as suas forças num indivíduo de carne e osso, mas a curto, médio ou, quem sabe, a longo prazo, você verá o seu “ídolo” fraquejar e, juntamente com ele, você. A sua esperança deve estar ligada ao único e soberano Deus, capaz de fazer infinitamente mais do que imaginas. Somente a Ele devemos adorar e prestar culto. Pense nisso!

Francisney Liberato é Auditor do Tribunal de Contas. Escritor, Palestrante, Professor, Coach e Mentor. Mestre em Educação pela University of Florida. Doutor em Filosofia Universal Ph.I. Honoris Causa. Bacharel em Administração, Bacharel em Ciências Contábeis (CRC-MT) e Bacharel em Direito (OAB-MT). Vice-presidente da Associação Brasileira dos Profissionais da Contabilidade – ABRAPCON. Membro da Academia Mundial de Letras. Autor dos Livros: “Mude sua vida em 50 dias”, “Como falar em público com eficiência”, “A arte de ser feliz”, “Singularidade”, “Autocontrole”, “Fenomenal”, “Reinvente sua vida” e “Como passar em concursos – Vol. 1 e 2”, “Como falar em público com excelência” e “Legado”. 

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