Por Francisney Liberato

E, mesmo que tudo esteja um caos, há um propósito de Deus para você, pois, enquanto existir vida, haverá esperança, e a possibilidade de reconstrução.

Em 26 de dezembro de 2004, uma das regiões mais belas do mundo sofreu os efeitos devastadores do fenômeno da natureza, denominado de tsunami.

O maremoto desencadeou uma série de tsunamis destruindo às costas da maioria dos continentes banhados pelo Oceano Índico, causando a morte de aproximadamente 230 mil pessoas, em 14 países diferentes. O fenômeno inundou comunidades costeiras com ondas de até 30 metros de altura, sendo considerado um dos mais mortais desastres naturais da história.

As casas, edificações, comércios, hospitais, e ruas, foram totalmente destruídos pela força das águas, extirpando qualquer possibilidade de vida, naquelas regiões. Pessoas perderam as suas vidas, bens foram destruídos e tudo se transformou em um deserto sobre o mar.

Refletindo a respeito desse episódio desastroso, constatamos que, ninguém está efetivamente preparado para às perdas. Nós, enquanto seres humanos, preferimos a estabilidade em seus diversos aspectos da vida, por uma questão obvia: não gostamos de perder e, para tanto, cultivamos a falsa ideia de que temos o controle sobre tudo.

Ao contrário do que gostaríamos, inevitavelmente surgirão “tsunamis”, os quais invadirão o nosso cenário cotidiano, sem que saibamos, num primeiro momento, como lidar com a situação, assim como ocorreu na Indonésia e regiões próximas. As catástrofes da vida não avisam a hora de chegar e muitas vezes não estamos preparados para encará-las

As pessoas que sobreviveram ao caótico desastre natural, reverberam a seguinte frase: “enquanto há vida, há esperança” e, mesmo que incompreensível o desastre, puderam entender a essência de tudo. É impossível controlar os desastres da vida, mas é obrigatório aproveitar a chance de se reconstruir.

Quando algo destrói a nossa vida, a nossa alegria, a nossa paz e a nossa esperança, podemos simplesmente ignorar as circunstancias ruins, evitando de fato enxergar o que podemos extrair de lições para nossa evolução, como também de buscarmos um culpado para esses acontecimentos, ou de então, assumirmos a autorresponsabilidade e agradecermos a Deus pelas infindáveis oportunidades à nossa frente, principalmente pela dádiva da vida a qual mantém seu fluxo para frente, adiante.

Temos a possibilidade de reconstruir a nossa vida a cada nova oportunidade, e ao que parece o fim, para Deus, é parte de um plano maior do que podemos enxergar. Se a sua vida está arruinada, saiba que existe a possibilidade de dar um novo sentido a ela. Se houve perdas irreparáveis, lembre-se que, ainda assim, é possível reconstrui-la.

A possibilidade de reconstrução depende exclusivamente de nós. Deus nos revestiu de inteligência suficiente para decidir o que seja melhor para a nossa vida.

Em Setembro 2019, conheci as ilhas Phi Phi, um dos lugares atingidos pelo tsunami. Atualmente elas se encontram com novas construções, prédios, casas, ainda mais robustos e encantadores, e melhor, com uma estrutura e preparo para que, eventos naturais como o que ocorreu, não causem danos de maiores proporções.

As ilhas foram reconstruídas e tudo passou a ser melhor do que já era. O povo carrega uma história e são ainda mais felizes pela chance de fazerem o que sempre fizeram com maestria e disposição. A despeito de um passado, o que lhes move é o desejo de viver intensamente o hoje, com os olhos no futuro.

As ondas gigantes são inevitáveis em nossas vidas, mas, se confiarmos em Deus e utilizarmos a capacidade que ele nos forneceu, é possível sim, reconstruirmos o que foi destruído e, principalmente, vivermos o extraordinário plano divino para nosso futuro.

Francisney Liberato Batista Siqueira é Secretário de Controle Externo, Auditor Público Externo do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso, Palestrante Nacional, Professor, Coach, Mentor, Advogado e Contador. Autor do Livro “Mude sua vida em 50 dias”.

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