O Governo do Estado divulgou novamente que elaborando mais um edital para a conclusão das obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Cuiabá e Várzea Grande. Em um balanço sobre as obras restantes da Copa do Mundo de 2014, produzido pela Secretaria de Estado das Cidades (Secid), o governo afirma que empresas nacionais e internacionais poderão investir na conclusão da obra, que já custou R$ R$ 1,066 bilhão aos cofres estaduais.
“Uma nova Licitação, que poderá ter participação de empresas nacionais e internacionais, está em andamento. Valores para a conclusão das obras também ainda estão sendo calculados pela Comissão”, diz a comunicação do governo.
Anteriormente, o deputado estadual e ex-secretário Wilson Santos (PSDB) havia anunciado a realização de uma licitação via Regime Diferenciado de Contratação (RDC). O modelo é fortemente criticado por setores dos Ministérios Públicos Federal e Estadual devido à margem aberta para a corrupção ao se iniciar a obra sem projetos básicos.
O governo tentou rescindir o contrato com o Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande de maneira unilateral depois da deflagração da Operação Descarrilho do Ministério Público Federal (MPF), em agosto de 2017. O MPF narra um esquema para o pagamento de R$ 18 milhões em propina ao ex-governador Silval Barbosa e seu grupo político.
As empresas, lideradas pela CR Almeida S/A, Santa Bárbara Construções, CAF Brasil e Astep Engenharia, conseguiram a suspensão da rescisão.
E ainda nem chegamos ao ponto do debate sobre os custos e a viabilidade da operação do VLT. A pergunta que resta é: até quando se dará a insistência no modal?